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Capital

“Queremos justiça”, diz irmã de mulher que morreu com 65% do corpo queimado

Letícia Souza Santos afirmar que família não sabe até agora o que aconteceu e não acredita em suicídio

Por Ana Paula Chuva e Antonio Bispo | 29/12/2024 09:12
Letícia relatou que médica afirmou que incêndio não foi suicídio (Foto: Paulo Francis)
Letícia relatou que médica afirmou que incêndio não foi suicídio (Foto: Paulo Francis)

A família de Fabrícia de Souza Santos, 29 anos, espera que descobrir o que realmente aconteceu na casa onde a mulher teve o corpo 65% queimado em incêndio no dia 20 de dezembro e que a “justiça seja feita”.  O caso aconteceu no Bairro Jardim Aero Rancho, em Campo Grande e a vítima acabou morrendo oito dias depois na Santa Casa. Neste domingo (29), ela foi velada com o caixão fechado.

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A família de Fabrícia Souza Santos, 29 anos, busca justiça após sua morte oito dias depois de um incêndio que lhe causou 65% de queimaduras. A irmã de Fabrícia contesta a versão de suicídio, afirmando que a posição do corpo e depoimentos médicos e de bombeiros sugerem homicídio. A família suspeita de um casal que estava com Fabrícia antes do incêndio e que desapareceu após prestar depoimento. A investigação policial está em andamento, aguardando laudos periciais para determinar a causa da morte.

Durante a rápida despedida, por conta do estado em que se encontrava o corpo de Fabrícia, a irmã da mulher conversou com o Campo Grande News, segundo ela, a família ainda não sabe o que aconteceu naquela casa aquele dia, mas sabe que não foi suicídio por conta da forma como a vítima foi encontrada.

“A médica e o bombeiro falaram que não foi tentativa de suicídio. Falaram que mataram ela. Tinha um colchão de casal em cima dela com uma televisão tubo de 29 polegadas. Do jeito que colocaram ela, não se mexeu, não teve grito, não esperneou”, explicou Letícia Souza Santos, 35 anos.

À reportagem, ela relatou que Fabrícia morava na casa com o marido e os dois filhos, no entanto, o cunhado estava no trabalho no momento do incêndio. “Nós suspeitos de um casal. Minha irmã ficou bebendo várias horas com eles, depois descobrimos que ela discutiu com a mulher e ai viram ela no meio do fogo e não ajudaram. Quando minha mãe chegou, eles já foram se explicando”, afirmou a irmão da vítima.

Ainda de acordo com Fabrícia, os vizinhos já prestaram depoimento na delegacia e desde então não foram mais vistos pela família da mulher. “Nós estamos aqui sofrendo e eles estão livres. Estamos enterrando minha irmã de caixão fechado, não podemos nem ver ela pela última vez. Estamos destruídos. Só queremos justiça. Não vai confortar nosso coração, porque nuca vamos esquecer disso”, detalhou.

“Ela sempre foi uma mulher alegre, divertida. Para ela não tinha tempo ruim. Uma pessoa nova, bonita, tinha tudo pela frente. Não sei como será agora”, finalizou.

Cerca de 30 pessoas participam da despedida de Fabrícia que acontece no cemitério na saída para Sidrolândia. A cerimônia teve duração de apenas uma hora e quem participou estava bastante emocionado.

Parte das pessoas que participaram da despedida de Fabrícia nesta manhã (Foto: Paulo Francis)
Parte das pessoas que participaram da despedida de Fabrícia nesta manhã (Foto: Paulo Francis)

O caso - O incêndio aconteceu na noite de sexta-feira. Os vizinhos de Fabrícia apresentaram uma versão de que a mulher teria tentado tirar a própria vida, relato que gerou desconfiança nos familiares da moça, que registraram boletim de ocorrência pedindo que o fato seja investigado pela Polícia Civil. No sábado passado, Letícia foi ao hospital saber notícias da irmã e soube pela médica plantonista que o estado de saúde de Fabrícia é grave e que, em seu crânio, foi encontrada uma lesão.

As informações coletadas por Letícia foram relatadas à Polícia Civil, conforme registro feito no domingo (22), na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. A dona de casa quer investigação por tentativa de homicídio. Também questiona o fato da equipe do Corpo de Bombeiros não ter acionado a PM (Polícia Militar) por se tratar de incêndio que poderia ser criminoso.

Em entrevista anterior ao Campo Grande News, quando Fabrícia ainda estava internada, o delegado Caio Macedo, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), explicou que ainda não tem como confirmar a versão apresentada pela família porque os laudos periciais ainda não ficaram prontos.

Ontem, ela não resistiu e acabou morrendo no hospital. O caso ainda está sendo investigado.

Fabrícia teve 65% do corpo queimado e morreu após 8 dias internada (Foto: Reprodução | Facebook)
Fabrícia teve 65% do corpo queimado e morreu após 8 dias internada (Foto: Reprodução | Facebook)

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