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Capital

Removidos de favela recebem casas erguidas em ‘tempo recorde’

Moradores transferidos da Cidade Deus para o loteamento Vespasiano Martins comemoram

Anahi Zurutuza e Michel Faustino | 01/07/2016 16:42
Casas ‘padrão Emha’ ficaram prontas nesta semana (Foto: Marina Pacheco)
Casas ‘padrão Emha’ ficaram prontas nesta semana (Foto: Marina Pacheco)
Mariana Pereira mostra como ficou a casa nova (Foto: Marina Pacheco)
Mariana Pereira mostra como ficou a casa nova (Foto: Marina Pacheco)

As 42 casas construídas no loteamento Vespasiano Martins – região sul de Campo Grande – para famílias da removidas da favela Cidade de Deus ficaram prontas, quatro meses depois que moradores da favela foram levados pela prefeitura para o local. As obras começaram bem depois e levaram 45 dias para a conclusão, conforme afirmou Maria do Amparo, secretária-adjunta de Planejamento, Finanças e Controle do município, durante cerimônia de entrega na tarde desta sexta-feira (1).

As moradias de 46 metros quadrados ainda precisam do acabamento interno, mas, segundo a representante da administração municipal, por opção da própria comunidade. “A prefeitura vai fornecer cimento, areia e alguns outros materiais básicos para fazer o acabamento. Piso e pintura ficam por conta do morador, eles quiseram escolher”, explicou Maria do Amparo. As paredes de fora e as janelas foram pintadas.

Alguns dos moradores do loteamento botaram literalmente a mão na massa para erguer as casas, durante o que a prefeitura chama de “mutirão assistido”. Engenheiros e técnicos do Executivo municipal acompanharam os trabalhos.

Os imóveis têm dois quartos, sala, cozinha e copa, um banheiro e uma área de serviço externa, mas coberta.

Mudança de vida – Para a auxiliar de limpeza Mariana Pereira de Moura, 20, ver as casas prontas é motivo de comemoração. Até a manhã de hoje, ela, o marido, o filho de 2 anos e o enteado de 11 anos, continuavam morando debaixo de lona, no barraco montado atrás da construção.

Quando foi anunciada a transferência da favela para quatro terrenos do município, Mariana conta que não pensou duas vezes. “Eu estava na fila da Emha [Agência Municipal de Habitação] há quatro anos. Minha esperança era conseguir condições melhores para morar. Dá para ver a mudança na nossa vida”.

Marli Campos, 28, vai morar com a mãe e dois filhos, de 4 e 8 anos, na casa recém-construída. “Agora a gente poder dizer que a gente tem um teto”, declarou.

Ela reclama, entretanto, da falta de Ceinf (Centro de Educação Infantil) e escola perto do loteamento. Os filhos dela continuaram estudando em unidades do Dom Antônio Barbosa. “Fica muito longe”.

Regularização – Cada casa custou R$ 12 mil e o terreno onde as famílias foram instaladas R$ 24 mil. O valor poderá ser pago em 300 parcelas de R$ 120. A Emha fará a regularização e começará a cobrança ainda em julho.

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