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Capital

Resende diz que aumento da covid tem de ser "debitado na conta da população"

Secretário de Saúde avalia que população não está sendo colaborativa no cumprimento do isolamento social

Silvia Frias | 12/06/2020 09:24
Geraldo Resende disse que prefeituras têm autonomia de ação na estratégica contra a covid-19 (Foto/Divulgação)
Geraldo Resende disse que prefeituras têm autonomia de ação na estratégica contra a covid-19 (Foto/Divulgação)

O aumento exponencial de casos do novo coronavírus (covid-19) é débito que deve ser colocado da conta da população, segundo avaliação do secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, que criticou a falta de colaboração no cumprimentos medidas sanitárias de isolamento social.

Ontem, o boletim da SES (Secretaria Estadual de saúde) registrou mais 256 casos confirmados da doença em 24h, totalizando 2.853 positivos para a doença. Destes, 126 são de residentes em Campo Grande. O Estado soma 28 mortes em decorrência da covid-19.

“O que pode ser feito, nós estamos fazendo, mas o principal débito nesse crescimento tem que ser colocado na população, que não é colaborativa”, criticou Resende.

Dados do site In Loco relatados até ontem indicam taxa de isolamento no Estado de 41,8%, abaixo do mínimo preconizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de 60%. O resultado está entre os cinco piores do país.

Resende também citou a dificuldade de entendimento sobre a flexibilização, no que chamou de “guerra entre os setores da economia e saúde” e que será refletido nos índices de confirmações futuras. “Essa flexibilização é desmensurada e vamos pagar preço por isso”.

Questionado sobre a necessidade de intervenção do governo do Estado para unificações ações sanitárias, o secretário disse que prefeituras têm autonomia de decisão e que desde o começo cada um agiu conforme considerou necessário.

“Naquela época, se não houve chamamento para definição conjunta, agora, acredito que é tardio, cada um pese sua responsabilidade de fechar ou não”. Mesmo com avaliação pessimista, diz que pretende tratar do assunto com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja.

O foco de preocupação é a região da Grande Dourados, que concentra o maior número de casos notificados da doença e, de acordo com o secretário, as prefeituras precisam rever as medidas de flexibilização adotadas.

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