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Capital

Retirar árvore condenada custa R$ 4 mil e moradores temem queda há 14 anos

Há autorização da Semadur para remoção de espécie desde 2009, mas sem recursos, risco é mantido dia a dia

Ana Beatriz Rodrigues | 04/09/2023 19:08
Árvore é nativa do sul e do sudeste da Ásia e alcança mais de 30 m de altura e 40 m de diâmetro (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Árvore é nativa do sul e do sudeste da Ásia e alcança mais de 30 m de altura e 40 m de diâmetro (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Sem ter como arcar com os custos da remoção de um Ficus benjamina, mais conhecido como ficus, moradores da rua Paulo Leite Soares, região do Bairro Iracy Coelho, vivem o medo de queda e os prejuízos que a espécie causa na calçada há mais de 14 anos. Em 2009, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) liberou a retirada, mas é caro e até hoje a planta está por lá.

A árvore tem 18 metros de altura e quem vive na rua relata que num dos orçamentos feitos, somente a retirada dos galhos sairia por R$ 1,7 mil e de toda a espécia, R$ 4 mil. Antônio Ferreira Arcanjo, de 64 anos, conta que "para cortar três galhos me pediram R$ 1,7 mil, disseram que por conta do tamanho dela era esse valor”, explicou o comerciante.

Autorização de remoção de 2009. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Autorização de remoção de 2009. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

“As raízes da árvore já entraram para dentro do meu quintal e toda vez que racha a calçada da parte de dentro de casa eu tenho que consertar. O muro da minha casa nem se fala, se ela cair, vai minha calçada e tudo mais que estiver perto”, contou.

Também moradora da região, Araci Campista Rucheu, de 72 anos, lembra da árvore ainda pequena. "As raízes dela já eram grossas, não imaginei que chegaria a esse tamanho todo. Toda chuva que dá eu fico muito preocupada porque ela está muito grande”, disse a idosa.

Antonio Ferreira e Dona Araci contando sobre os problemas da árvore (Foto:Ana Beatriz Rodrigues)
Antonio Ferreira e Dona Araci contando sobre os problemas da árvore (Foto:Ana Beatriz Rodrigues)

“Quando meu marido era vivo, a gente já pediu autorização para podar. Em 2009, deram o documento para a gente, mas para cortar ela é muito caro”, finalizou a idosa.

Os moradores também citaram a queda de energia por conta dos galhos, que encostam na fiação.

O documento está assinado e autorizado desde 2009 pela Semadur. Na época, equipe de fiscalização condenou a árvore, mas disse que o serviço de poda teria de ser feito pela concessionária de energia, com o Corpo de Bombeiro ou contratando um serviço particular, o que, segundo os moradores, custaria aproximadamente R$ 4 mil.

A reportagem procurou a Semadur e até o fechamento da matéria não obteve retorno sobre o caso.

Os galhos enroscados na fiação da rua (Foto: Ana Beatriz Rodrigues )
Os galhos enroscados na fiação da rua (Foto: Ana Beatriz Rodrigues )

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