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Capital

Réu por matar e esquartejar vítima no tribunal do crime será julgado nesta terça

Alex Mohd Jabe foi morto por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em dezembro de 2018.

Viviane Oliveira | 06/10/2020 08:13
Bermuda que a vítima vestia no dia em que foi encontrada por banhistas em córrego (Foto: divulgação/Polícia Civil)
Bermuda que a vítima vestia no dia em que foi encontrada por banhistas em córrego (Foto: divulgação/Polícia Civil)

Jean Albert da Silva Jara Lemes, conhecido como 556, um dos envolvidos no assassinato de Alex Mohd Jabe, 36 anos, que teve o corpo esquartejado no tribunal do crime, será julgado nesta terça-feira (6) no Fórum de Campo Grande.

Alex foi morto por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em dezembro de 2018. Seu corpo foi esquartejado e parte dele foi encontrado dias depois do crime, já em janeiro de 2019, em um córrego da Capital. Seis envolvidos na execução foram identificados pela polícia, mas só três foram considerados suspeitos pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Além de Jean, foram denunciados Adriano de Lima, Carlos Eduardo da Cruz Feniano. Os dois últimos serão julgados em outra data.

Na ocasião, a vítima foi levada para a primeira casa usada como cativeiro, o “barraco do Vô”, localizado na Favela B13, no Jardim Noroeste. Conforme apurado pela polícia, Alex tinha uma dívida com Adriano e por isso foi levado para a “cantoneira”. Os suspeitos descobriram ainda que além de vender droga para a facção paulista e não conseguir pagar as porções que pegou com os líderes, ele também comercializava o entorpecentes para o Comando Vermelho.

Sob a acusação de "traição", foi julgado por videoconferência por integrantes da facção presa no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande. Entre eles, estava Carlos Eduardo da Cruz Feniano. Por “decisão” dos presidiários, a vítima foi levada para uma segunda cantoneira.

Jean Albert e outro suspeito foram chamados para fazer a “transferência” até uma casa abandonada na Favela Leão do Conde. O “julgamento” continuou e, conforme a polícia, Alex chegou a implorar pela vida e se comprometeu a entregar outros integrantes do Comando Vermelho, mas ainda assim foi condenado à morte.

Carlos Eduardo então deu a ordem para a execução e determinou ainda que Jean Albert cometesse o crime. O assassinato, segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, foi o “batismo” do rapaz na facção. Alex foi esfaqueado cinco vezes no pescoço. Depois foi esquartejado.

Detalhes relatados na denúncia do Ministério Público apontam que Jean decapitou Alex e cortou seus braços. Outro suspeito acompanhou e incentivou todo o crime. O corpo foi colocado em sacos de lixo e jogado em um tubo de captação de água, na BR-262, próximo ao Condomínio Terras do Golfe.

No dia 10 de janeiro, parte do corpo de Alex foi encontrado no córrego Guariroba, preso em alguns galhos às margens, por dois banhistas. Na época, militares do Corpo de Bombeiros foram chamados e só perceberam que a vítima estava mutilada ao retirarem ela da água. Ela estava com as duas pernas amputadas, na altura do joelho e sem o tronco.

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