Samu atribui a mal entendido recusa de laudo que virou caso de polícia
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atribuiu a um mal entendido a recusa da emissão de cópia de relatório de atendimento, realizado no sábado (3), na Vila Taquarussu, em Campo Grande. Indignado com a negativa e por esperar duas horas pela ajuda, Catharino de Almeida, 77 anos, procurou a polícia para denunciar o caso.
“Um médico se identificou como Carlos, CRM 1632/MS, e disse que não poderia deixar uma cópia do relatório porque a prefeitura está em contenção de gastos”, relatou o comunicante à polícia.
O Campo Grande News confirmou a ordem da prefeitura para conter os gastos com papéis. A orientação, no entanto, não se estenderia a atendimentos fora dos postos de saúde, como no caso registrado no sábado, quando a família acionou o Samu, após localizar Cláudio César da Silva, 41 anos, que sofria de epilepsia morto, sem sinais de violência no corpo.
A ordem seria para cortar a emissão de relatório em caso de atendimento nos postos de saúde, quando o paciente já recebe um laudo na unidade. Mas, “por excesso de zelo”, como preferiu classificar o SAMU, o médico, responsável pela ocorrência, se negou a fornecer cópia do relatório.
Acionado pela polícia, o Samu se comprometeu a informar os dados e disse que o documento poderia ser retirado em seguida na central, no Bairro Pioneiros. Porém, no relatório que disponibilizou, o médico não anunciou os horários de acionamento e chegada da ambulância, nem os procedimentos adotados durante o atendimento.