Samu e Sesau garantem desconhecer que socorrista morto com covid era hipertenso
Gerci Alves era hipertenso e faleceu ontem (9) vítima da Covid-19
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Gerci Alves, 57 anos, socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que faleceu ontem (9) de Covid-19, não comunicou ao coordenador do Samu que fazia parte do grupo de risco por ter hipertensão, e por isso não foi afastado do serviço.
Por meio da assessoria da imprensa, a Sesau informou que todos os servidores que fazem parte do grupo de risco, e que comunicaram sua condição às suas chefias, foram afastados temporariamente para não se expor ao vírus Sars-eCoV-2, contudo o socorrista, e motorista de ambulância, não fez essa comunicação e a Sesau só foi comunicada sobre o quadro de hipertensão na data de sua internação.
O socorrista foi internado em hospital particular com diagnóstico de Covid-19 no último dia 14 de outubro, e faleceu na tarde dessa segunda-feira (09). De acordo com publicação em rede social, Gerci optou em continuar trabalhando para não ficar sem renda, já que dependia do dinheiro que recebia fazendo plantões.
A Sesau reforçou que está a disposição da família do servidor para o que for necessário, e lamenta profundamente a perda de um profissional tão empenhado em salvar vidas.
De acordo com o painel Saúde Mais, da SES (Secretaria Estadual de Saúde), até a última sexta-feira (06), dezessete profissionais de saúde falecerem por conta da Covid-19, sendo seis deles na capital. Até hoje (10) já são 4.925 casos confirmados da doença em profissionais de saúde, sendo que 4.791 estão curadas.
Haverá cortejo em homenagem a Gerci, com familiares, amigos e algumas viaturas do Samu, a partir das 13h. O cortejo vai sair da Funerária Pax Real, na Avenida Bandeirantes, e seguirá em direção ao cemitério Memorial Park, no Bairro Universitário. O sepultamento será às 14h30.