Sem receber há 90 dias, médicos da Santa Casa ameaçam parar
Procedimentos cardíacos e de ortopedia devem ser os mais afetados
Cirurgias cardíacas e ortopédicas podem ser paralisadas, a partir de segunda-feira (14), por médicos autonômos e pessoa jurídica na Santa Casa de Campo Grande. Isso após o atraso no repasse de produtividade SUS por, respectivamente, 90 e 30 dias.
O presidente da Amesc-CG (Associação dos Médicos da Santa Casa), Alex Cunha Alonso, ressaltou que os profissionais no ano passado enfrentaram situação similar e horas extras chegaram a ser divididas em 10 vezes, depois que o caso foi registrado no MPF (Ministério Público Federal) e, posteriormente, enviado ao MPT (Ministério Público do Trabalho).
"Muitos médicos desistiram de trabalhar na Santa Casa e ao menos 40 foram mandados embora. Agora, o próximo passo é paralisar, provavelmente na segunda-feira", disse Alex, confirmando que as especialidades mais afetadas são as de cirurgia cardíaca e ortopedia.
Os advogados da associação oficiaram, nessa semana, os procuradores Paulo Douglas Almeida do MPT e Filomena Fluminhan do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em busca de uma solução que resulte no pagamento atrasado desde junho.
Indagada, a Santa Casa prontificou-se a enviar um posicionamento nesta sexta-feira (14).