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Capital

Sem-terra desocupam sede do Incra após determinação de reintegração de posse

João Humberto e Ricardo Campos Jr. | 16/06/2016 14:59
Sede do Incra em Campo Grande foi ocupada na terça-feira por sem-terra ligados ao Movimento da Agricultura Familiar (Foto: Marcos Ermínio)
Sede do Incra em Campo Grande foi ocupada na terça-feira por sem-terra ligados ao Movimento da Agricultura Familiar (Foto: Marcos Ermínio)

O grupo de sem-terra que ocupava a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Mato Grosso do Sul desde terça-feira (14) deixou o prédio do órgão nesta quinta-feira (16). De acordo com o superintendente substituto Leonardo Yamamoto, foi determinada a reintegração de posse do local, tendo o mandado sido entregue durante a manhã por oficial de Justiça.

As 300 pessoas do MAF (Movimento da Agricultura Familiar) deixaram o prédio de forma organizada. Durante a tarde os seguranças vistoriaram o local e constataram que o único dano foi arrombamento de uma porta onde eram guardados os materiais de limpeza, que o movimento usou para lavar banheiros, e algumas salas.

Conforme Yamamoto, o grupo queria principalmente a exoneração do antigo superintendente Humberto de Melo Pereira, cuja saída já havia sido protocolada quando as famílias chegaram ao prédio.

Servidores do Incra se organizaram e elaboraram lista tríplice com os seguintes indicados para a função: Daniel Yamamoto (superintendente substituto), Celso Menezes de Souza (chefe do serviço de cadastro) - agrônomo funcionário de carreira - e Argemiro Alves (ouvidor agrário). Esse documento, conforme o superintendente substituto, já foi encaminhado para a sede nacional do instituto.

O presidente do órgão, Leonardo Góes Silva, estará em Campo Grande no dia próximo dia 27, quando se reunirá com representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) para ouvi-los.

Segundo Yamamoto, por determinação da Justiça todos os processos de reforma agrária estão paralisados em Mato Grosso do Sul por conta de ocupações irregulares de lotes. O órgão deve encaminhar ao MP (Ministério Público) uma lista com as medidas tomadas para solucionar o problema e destravar os processos.

O Incra fica na rua 25 de Dezembro, no Shopping Marrakech.

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