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Capital

Sem vítimas, incêndio é controlado e rescaldo vai durar noite adentro

Mais de 30 mil litros de água foram usados para combater o incêndio

Adriano Fernandes | 22/04/2022 22:00


Mesmo com as chamas extintas, o trabalho de rescaldo do incêndio que atingiu o Fort Atacadista da Avenida Presidente Vargas, em Campo Grande, deve continuar noite adentro. Efetivo com mais de 30 militares em cerca de dez viaturas já utilizou mais de 30 mil litros de água no local. Ninguém ficou ferido. Ainda não se sabe o que causou o incêndio, que começou em uma área onde ficam itens de higiene, papel higiênico e outros produtos de fácil combustão.

Tenente coronel Fernando Carminati. (Foto: Reprodução) 
Tenente coronel Fernando Carminati. (Foto: Reprodução)

Comandante do 1º Grupamento de Bombeiros Militar, que cobre a área onde ocorreu o incêndio, o tenente-coronel Fernando Carminati explica que, a partir de agora, o foco dos militares é resfriar o prédio e as mercadorias, combatendo os pequenos focos que ainda surgem conforme o trabalho avança.

"Como existe muito material 'carga' armazenado, conforme o rescaldo vai sendo feito, ainda há reignição no fogo. Isso é normal em casos de incêndio, por isso, é feito o rescaldo. Nesta fase, nós reviramos todo esse material que ainda está quente e que ainda pega fogo em alguns locais", comenta o tenente-coronel. Uma máquina do tipo bobicat será utilizada para revirar as mercadorias enquanto é feito o resfriamento.

Apesar das fotos do local impressionarem pela altura que o fogo atingiu, Carminati adianta que a área devastada pelo incêndio não foi de grande extensão, graças a ação rápida dos militares e da brigada de incêndio do atacarejo. Os militares foram acionados às 19h38, a primeira viatura chegou aos local às 19h50 e logo evitou que a tragédia fosse maior.

"Ainda não tem como precisar o quanto foi destruído, mas foi uma área pequena. Conseguimos fazer o confinamento do fogo, mas como as mercadorias são armazenadas em prateleiras, as chamas chegaram bem alto", completa.

Militares atuando no combate às chamas pela parte da frente do atacarejo. (Foto: Adriano Fernandes)
Militares atuando no combate às chamas pela parte da frente do atacarejo. (Foto: Adriano Fernandes)

Pelo menos quatro viaturas forneceram água pela parte da frente do prédio, fora a quantidade utilizada pelo sistema de abastecimento do próprio estabelecimento. Também houve combate pelos fundos e a escada Magirus chegou a ser acionada, mas apenas para que os militares observassem as condições da parte superior da estrutura. Caso o teto estivesse comprometido, os militares teriam de evacuar o prédio.

Esta é a segunda vez em menos de dois meses que supermercado pega fogo. Apesar da sequência de incêndios, a unidade conta com toda a certificação necessária para operação, conforme o tenente-coronel.

Foram os próprios funcionários que notaram o início das chamas e gritaram para todo mundo sair a tempo. Além dos bombeiros, equipes da Guarda Civil Metropolitana deram suporte e cordão de isolamento foi montado no estacionamento.

Em nota, o Fort Atacadista reiterou que ninguém feriu no incidente, já que "toda a área foi prontamente evacuada logo no início do foco do incêndio". As causas do incêndio só devem ser apontadas em 30 dias, prazo necessário para a conclusão da perícia e dos laudos sobre a ocorrência.

Vista aérea do incêndio. (Foto: Guarda Civil Metropolitana)
Vista aérea do incêndio. (Foto: Guarda Civil Metropolitana)


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