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Capital

Sexagenário, Mercadão é o "primeiro" bom dia de muito campo-grandense

Estrutura completa 60 anos nesta quinta-feira e é o primeiro destino de muitos moradores da Capital

Izabela Sanchez e Bruna Kaspary | 30/08/2018 08:46
Mercadão completa 60 anos nesta quinta-feira (30) (Henrique Kawaminami)
Mercadão completa 60 anos nesta quinta-feira (30) (Henrique Kawaminami)

O Mercado Municipal Antônio Valente, o nosso popular Mercadão, um dos principais pontos turísticos de Campo Grande completa 60 anos nesta quinta-feira (30). Palco de histórias de resistência, o local é, também, onde muitos campo-grandenses dão o primeiro bom dia. Aberto logo de manhãzinha, o Mercadão, com seus aromas e sabores, é o ponto em comum na rotina de muitos moradores da cidade.

Funcionária pública, Ana Paula Pereira, 40, aproveitou para ir ao mercadão para comprar doces. É o tempo perfeito, relata, entre deixar os filhos na escola e ir para o trabalho. “Aqui tem de tudo praticamente, bem centralizado, de fácil acesso, sempre tem alguma pra comprar”. Ana Paula também afirma que o mercadão é um bom lugar para passear, pelo ambiente que proporciona.

Natália Valente, 28 anos, chegou apressada, procurando carne seca. O Mercadão, é, também, onde ela acompanha a avó, que já conhece as melhores barracas de produtos, dos condimentos às carnes. “Eu acho que aqui é um espaço que todo campo-grandense vem. O mercadão quase nasceu com a cidade”, comenta.

Osvaldo escolhe o mercadão para tomar o primeiro café do dia (Henrique Kawaminami)
Osvaldo escolhe o mercadão para tomar o primeiro café do dia (Henrique Kawaminami)

Osvaldo Virgílio, 74, aposentado, vai todos os dias para tomar o primeiro café e comer um lanche. As vielas, além disso, são pontos de encontro com os amigos. Osvaldo leva “todo mundo” para o mercadão. “Está perto de mim, trago para cá. Ontem trouxe um amigo que já voltou para o Japão. Eu encontro muitos amigos aqui, amigos de longa data. Como eu moro perto, vir pra cá é fácil, então aproveito”, afirma.

Raiz da cidade - O construtor de obras Elizeu Virgínio, 48, frequenta o mercadão, ao menos, três vezes por semana. Desde que era criança, com 8 anos, ele acompanhava os peões da fazenda do pai. Elizeu chama o local de “raiz da cidade”. “Aqui marca a história de Campo Grande e de quem passa por aqui”.

Maria Tamashiro, 81 anos, trabalha na barraca de verduras da filha. Para ela, a rotina de acordar cedo faz bem, e o ambiente proporciona um bom início de dia. “O mercadão pra mim faz muito bem, acordo cedo todo dia para lavar as verduras para colocar em exposição. Eu gosto daqui, gosto dos meus vizinhos, faço muita amizade aqui. Não é esforço acordar cedo porque o ambiente é muito bom, tenho amizade com todo mundo”, conta.

Maria trabalha na barraca de verduras da filha (Henrique Kawaminami)
Maria trabalha na barraca de verduras da filha (Henrique Kawaminami)

Empresário, Ronald Kanashiro, 47, foi até o Japão para realizar o sonho de ter um comércio. Dono de um açougue, ele é a terceira geração a trabalhar no mercadão. “É a terceira geração da família que está no mercadão. Meu avô veio do Japão, minha vó arrumou uma barraquinha de verduras, depois minha mãe assumiu a barraca”.

“O mercadão é o lugar mais visitado de Campo Grande. Aqui é o eixo da evolução de tudo que aconteceu em campo grande. Todo mundo se sente muito a vontade no mercadão. É um extensão do quintal do campo-grandense”, declara.

À partir de hoje, o aniversário do mercadão coincide com o 6º Festival do Pastel. Para o empresário, é importante dar continuidade à história do mercadão. “São 60 anos da edificação do prédio, mas as feiras existiam desde antes de 1940, e ocorria às margens da ferrovia. O evento ser no aniversário é uma forma de resgatar a história. Eu vivi essa história. Acho importante dar continuidade”.

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