Sexta-feira Santa é marcada por reflexão: “Cada um traz sua dor e fragilidade”
Dona de casa conta que cumpre tradição de peregrinar por sete igrejas
Único dia sem missa na Igreja Católica, a Sexta-feira Santa é marcada por reflexões sobre dores - é a primeira vez em dois anos que não estamos em meio à escalada da pandemia-, e sobre aprender a renascer. O paralelo é com Jesus Cristo, que, entre a Sexta-feira da Paixão e o domingo de Páscoa, foi julgado, crucificado e ressuscitou.
“Cada um traz suas dores e suas fragilidades, principalmente após a pandemia. Muita gente perdeu seus parentes. É a primeira celebração pascal após a pandemia, será muito especial para todos os cristãos”, afirma o padre Reginaldo Padilha, reitor do Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A santa é a padroeira de Mato Grosso do Sul.
A dona de casa Vilma Gonzales Abreu, 62 anos, cumpre hoje a tradição familiar de peregrinar por sete igrejas no período da manhã. Desta vez, marcada pela dor da saudade.
“Aprendi essa tradição com os meus pais e minha mãe faleceu há três meses. Pedi paz no coração, proteção, saúde e livramento”. Ela estava em companhia do marido e da filha.
A aposentada Ana Maria Santana da Silva, 69 anos, meditou sobre as dores do mundo. A fiel pediu paz para o Brasil e para a Ucrânia, país invadido por tropas russas. “Não podemos perder a fé e esperança, senão nos enfraquecemos”. Ela lembra que é tempo de renascer para uma nova vida.
Até às 15h desta sexta-feira, no Centro de Apoio Devoto, acontece adoração ao Santíssimo Sacramento.
Veja a programação no Santuário:
Sexta-feira Santa
Celebração da Paixão do Senhor (15h)
Veneração do Cristo morto (16h30)
Via Sacra Processional e Canto do Perdão (19h)
Sábado Santo
Santa Missa da Vigília da Páscoa na Ressurreição do Senhor (19h)
Domingo de Páscoa
Santa Missa ( 7h, 10h, 16h, 18h e 20h)
Bênção Apostólica com Indulgência Plenária por Ocasião do Ano Jubilar do Perpétuo Socorro (10h)
Cantata de Páscoa (19h)