Solurb diz que coleta não tem reajuste há 2 anos e cobra R$ 49 milhões
A CG Solurb, concessionária da coleta de lixo em Campo Grande, encaminhou ofício à prefeitura nesta quinta-feira (10) respondendo ao pedido de providências feito pelo prefeito Alcides Bernal (PP) após a suspensão do serviço. A companhia voltou a cobrar os repasses atrasados e lembrou que o município ainda deve dois reajustes, ressarcimentos e outras despesas assumidas pela empresa que somam R$ 49 milhões.
Há dois dias, o lixo está se acumulando pelas ruas da Capital principalmente na região central, onde as montanhas de sacolas plásticas se acumulam na porta das lojas e restaurantes.
O advogado da Solurb, Ary Raghiant Neto, alega que no mês passado, a prefeitura repassou apenas R$ 1 milhão à empresa referente ao saldo do mês de maio. O contrato prevê o pagamento mensal de aproximadamente R$ 7 milhões. Conforme o advogado, a prefeitura tem sido intransigente e se recusa a negociar com a Solurb.
Em ofício encaminhado no dia 21 de agosto ao município, a concessionária afirma que somente em repasses atrasados a Capital deve R$ 14.972.448,30. Além disso, há dois anos a cláusula contratual que prevê reajuste não tem sido cumprida, tendo a empresa direito a aproximadamente R$ 6 milhões.
A Solurb sustenta ainda que a coleta tem sido feita praticamente em dobro, tendo em vista que os caminhões despejam o lixo na UTR (Usina de Triagem de Resíduos) para separação e depois encaminham os rejeitos ao aterro sanitário. Essa operação, realizada desde janeiro de 2013, já custou R$ 25 milhões à companhia, conforme o documento.
Outro item questionado pela empresa no mesmo ofício é o investimento para a implementação da UTR, cerca de R$ 4 milhões, que ainda não foram ressarcidos pelo poder público.
O Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura e até a publicação desta reportagem não houve retorno. A assessoria da Solurb informou que a empresa terá uma reunião logo mais com Bernal.