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Capital

Greve deixa lixo espalhado nas ruas e sujeira preocupa os moradores

Alan Diógenes e Juliana Brum | 09/09/2015 15:10
Funcionário arruma lixo na porta de loja para que não fique espalhado pela rua. (Foto: Gerson Walber)
Funcionário arruma lixo na porta de loja para que não fique espalhado pela rua. (Foto: Gerson Walber)

A população campo-grandense já começou a sentir os reflexos da greve dos funcionários da Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo em Campo Grande, que começou nesta quarta-feira (9). Em cinco bairros da Capital é possível encontrar amontoados de lixo e moradores preocupados sobre quando a coleta vai voltar ao normal.

Como no Bairro Moreninhas II, por exemplo. Por lá alguns moradores já estão pensando em pagar para a retirada do lixo. É o caso da Tânia dos Santos, 37 anos, proprietária de uma loja de motocicletas. “Acumula muito lixo diariamente aqui, por isso já estamos pensando em pagar alguém para retirar em caçambas”, comentou.

O mesmo acontece com a comerciante Marlene Silva Pereira, 50, moradora do Bairro Cidade Morena. Ela está preocupada com o lixo em frente ao seu estabelecimento, que pode afastar os clientes. “Eles passam recolhendo até o 12h todos os dias, mas até agora nada. O problema é que o lixo começou a exalar odor e algum cliente pode reclamar”, destacou.

No Bairro Santa Felicidade, a chuva que atingiu a Capital ontem (8) ajudou a espalhar o lixo pelas ruas. “A coleta não passa desde a segunda-feira (7). A chuva fez com o lixo misturou ao esgoto. O que se via ontem era lixo boiando na água da chuva, eles foram espalhados e até não foram retirados”, mencionou.

O aposentado Dionízio Martins, 50, que mora no Bairro Marcos Roberto, começou a guardar o lixo amontoado em seu quintal. “O jeito é guardar para não prejudicar mais, porque o lixo acumulado aumenta o perigo da dengue. Espero que passem logo para recolher”, salientou.

Com a idade avançada, a moradora do Bairro Jóquei Clube, Lúcia de Almeida, 94, está preocupada com o risco de doenças vindas do lixo acumulado. “Eles sempre passam o segunda, quarta e sexta, mas nesta segunda não passaram e eu achei que era por causa do feriado. Está complicado viu”, finalizou.

Os cerca de mil trabalhadores da empresa entraram a greve alegando que dependem do pagamento pela prefeitura para cumprir com as obrigações trabalhistas, já que a empresa só presta serviço para a administração municipal, por isso não tem outra fonte de receita. A direção diz que tem cerca de R$ 15 milhões para receber, da varição e coleta de lixo feitas em junho e julho.

Já a prefeitura informou que não há nenhum pagamento atrasado. Afirma ainda que no dia 24 do mês passado pagou o que faltava e caso os garis suspendam o trabalho vai entrar na justiça com ação para garantir a manutenção da limpeza e coleta do lixo na cidade.

Por meio da assessoria, o secretário de Planejamento, Controle e Finanças, Disney Fernandes, afirmou que o pagamento de junho e julho está na dependência da fiscalização e medicação do serviço executado. A administração municipal assegura ainda que só neste ano a Solurb já recebeu R$ 56 milhões.

Montes de lixo já estão acumulando em frente às residências. (Foto: Gerson Walber)
Montes de lixo já estão acumulando em frente às residências. (Foto: Gerson Walber)

Confira a galeria de imagens:

  • (Foto: Luana Rodrigues)
  • (Foto: Luana Rodrigues)
  • Foto: Fernando Antunes
  • Foto: Fernando Antunes
  • Foto: Fernando Antunes
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  • Foto: Gerson Walber
  • Foto: Gerson Walber
  • Foto: Gerson Walber
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