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Política

Paralisação dos coletores de lixo pode ter sido por ingestão política da Solurb

Antonio Marques | 04/09/2015 11:11
O prefeito Alcides Bernal disse, durante evento com líderes comunitários, que a paralisação dos coletores de lixo pode ter sido por ingerência política (Foto: Antonio Marques)
O prefeito Alcides Bernal disse, durante evento com líderes comunitários, que a paralisação dos coletores de lixo pode ter sido por ingerência política (Foto: Antonio Marques)

O prefeito municipal Alcides Bernal (PP) disse nesta manhã, durante café da manhã com as lideranças comunitárias no gabinete da Esplanada Ferroviária, que pode ter ocorrida ingestão política da empresa na paralisação dos coletores de Campo Grande, ocorrida no dia de ontem, alegando não terem recebido o valor do vale alimentação. Para ele, se a prefeitura está rigorosamente em dia com a Solurb e já teria pago neste ano R$ 56 milhões não havia justificativa para não pagar seus funcionários.

Bernal, que esteve em Brasília na última terça-feira, contou que no retorno da Capital federal já havia observado montes de lixo em algumas ruas da cidade o que considerou estranho, uma vez que antes de viajar não tinha visto nada parecido. “Depois li a notícia que os coletores paralisaram os trabalhos por falta de recebimento do ticket alimentação. Aí chamei o responsável pela empresa para conversar e saber qual a justificativa”, lembrou ele, sem detalhar as respostas da empresa.

Para o prefeito, como o último pagamento foi efetuado no dia 24 de agosto e não havia nada mais a ser liquidado com a empresa, a Solurb não poderia deixar de pagar os funcionários. “R$ 56 milhões é dinheiro suficiente para pagar o ticket alimentação, que é um direito dos trabalhadores. E a Solurb é uma das privilegiadas na prefeitura, pois recebeu muito dinheiro”, afirmou Bernal.

Cerca de 350 coletores suspenderam, na manhã de ontem (3), a coleta do lixo em Campo Grande, depois que houve atraso no pagamento do vale alimentação, que deveria ocorrer no dia 1º. Ontem, mesmo a empresa realizou o depósito do valor correspondente e os trabalhadores retomaram a coleta de lixo na cidade.

A região mais atingida pela paralisação concentrou na saída para Sidrolândia, que inclui os bairros mais populosos, como Aero Rancho e Coophavila 2. A suspensão da coleta do lixo também marcou a primeira fase de Alcides Bernal na prefeitura. O serviço chegou a ser suspenso pela Solurb, que cobrou o pagamento das parcelas atrasadas.

O contrato com a empresa está sob investigação do Ministério Público Estadual. Um dos alvos da Operação Coffeee Break, do Gaeco, o empresário João Amorim, da Proteco, foi flagrado em conversas telefônicos pedindo para o então presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar Oliveira (PMDB), interceder pela Solurb junto a Bernal. O genro de Amorim, Luciano Dolzan é sócio da empresa, por meio da LD Construções. A Solurb é formada pela LD e Financial.

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