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Capital

Mães vítimas de violência esperam 4h30 por atendimento na Delegacia da Mulher

Uma delas, de 32 anos, chegou na delegacia às 13 horas com os três filhos e foi atendida às 17h30

Por Lucia Morel e Kamila Alcântara | 28/04/2025 18:19
Mães vítimas de violência esperam 4h30 por atendimento na Delegacia da Mulher
Mãe com os filhos à espera de atendimento na Deam. (Foto: Kamila Alcântara)

Quatro horas e meia de espera para receber atendimento parece demora em posto de saúde, mas é na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), no bairro Jardim Imá, em Campo Grande. Mulheres que tentavam fazer registros de ocorrência ou denunciar quebra de medida protetiva procuraram o Campo Grande News para reclamar.

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Mulheres denunciam longa espera e falta de acolhimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande. Uma vítima aguardou mais de quatro horas para registrar quebra de medida protetiva, acompanhada de três filhos pequenos. A situação se repete com outras mulheres, incluindo uma mãe com bebê de dois meses. Segundo relatos, policiais justificam a demora devido a problemas no sistema e acúmulo de demandas do fim de semana. A delegada responsável não se pronunciou sobre as reclamações.

Uma delas, de 32 anos, chegou na delegacia às 13 horas com os três filhos de 10, 4 e 1 ano de idade para relatar que na noite passada, ao chegar em casa com as crianças, deu de cara com o seu ex-marido, contra quem tem medida protetiva em vigor. A irmã dela, de 25, a acompanhou até a Deam para ajudar com as crianças e também levou sua filha, de 1 ano.

“Não temos com quem deixar as crianças e eu vim para ajudar aqui, mas somos repreendidos o tempo todo para eles pararem de fazer barulho. Não tem acolhimento aqui para as mães que chegam com os filhos. Eu entendo que a demanda pode estar alta, que pode demorar, mas cadê o acolhimento?”, perguntou a jovem de 25 anos.

A vítima conseguiu atendimento na Defensoria Pública de forma rápida, para informar em juízo a quebra da medida protetiva e pedir mais segurança, mas pela Deam foi atendida apenas às 17h30.

Outra jovem que pretendia registrar boletim de ocorrência por agressão também chegou na delegacia às 13h e até às 17h30 não havia sido atendida. Ela estava com seu bebezinho de dois meses no colo. Segundo ela, a justificativa dos policiais para a demora era de que o sistema estaria lento e que ainda havia demandas do fim de semana sendo registradas.

A reportagem procurou a delegada responsável para comentar o atendimento, mas a resposta foi de que ela não iria conversar com a imprensa.

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