Solurb para coleta de lixo hospitalar e suspensão atinge 100% do serviço
O consórcio CG Solurb vai interromper a partir de hoje a coleta do lixo hospitalar em Campo Grande. A interrupção de todos os serviços foi divulgada pela empresa em nota. A coleta do lixo domiciliar estava reduzida desde quinta-feira e foi totalmente suspensa na segunda-feira. A produção diária do lixo doméstico é de 800 toneladas na Capital.
Conforme o Steac (Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação), três unidades tiveram a energia cortada por falta de pagamento. Questionada sobre a falta de luz, a empresa não se manifestou sobre essa situação.
A nota cita que há dois caminhos para a normalização dos serviços. O primeiro é que a prefeitura pague parte da dívida em atraso: R$ 25 milhões, A segunda hipótese é que a Justiça libere valores bloqueados do município referente a repasses de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Já são R$ 4 milhões bloqueados.
No escuro - Estão sem luz a unidade da avenida Gunter Hans, que concentra coleta do lixo domiciliar e hospitalar; a base da avenida Brilhante, responsável pelos serviços de varrição e correlatos (pintura de meio-fio, limpeza de boca de lobo); e a unidade do aterro sanitário.
O consórcio acumula dívidas, como contas do diesel e leasing (espécie de arrendamento) dos caminhões. No mês passado, os funcionários fizeram greve entre os dias 9 e 18 por falta de pagamento. Na ocasião, decisões judiciais proibiram a suspensão da coleta, sob pena de multa.
Em outubro, os salário só foi pago após paralisação. Desde então, o pagamento da folha e benefícios dos 1.080 trabalhadores é feito pela prefeitura por meio de depósito em juízo.
Em setembro, o prefeito Alcides Bernal (PP) suspendeu por 90 dias todos os pagamentos de obras, fornecedores e prestadores de serviço.