Solurb limita coleta ao lixo hospitalar e alega não ter como pagar combustível
A CG Solurb voltou a suspender a coleta de lixo, que está praticamente restrita ao lixo hospitalar e a algumas áreas do centro da cidade. A empresa alega que tomou a decisão porque está sem recursos para pagar o posto que fornece combustível, as oficinas que fazem a manutenção, além do leasing (aluguel) de 30 dos 40 caminhões que formam sua frota.
Em comunicado, a empresa informa que a suspensão decorre da "falta de insumos imprescindíveis a operação, dentre eles o combustível". A coleta começou a ser reduzida no último dia 15, quando sua abrangência ficou limitada a 25% do roteiro de coleta..
Nesta segunda-feira o juiz da Alexandre TsuioshiIto, da 4ª Vara da Fazenda Pública e de Registros Públicos, rejeitou o pedido da CGSolurb, em ação cautelar, para ter acesso a R$ 2.119.592,00, recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) da Prefeitura de Campo Grande, bloqueados por decisão do Tribunal de Justiça.
É mais um capítulo da queda de braço que o prefeito Alcides Bernal desde sua volta ao cargo, mantém com a CG Solurb. A empresa cobra aproximadamente R$ 20 milhões em pagamentos atrasados. Bernal sustenta que os pagamentos estão em dia e que neste ano a empresa já recebeu R$ 56 milhões, tendo portanto, lastro financeiro para manter o serviço funcionando.
Em setembro a cidade ficou 11 dias sem coleta de lixo, entre os dias 9 e 19 porque os funcionários da Solurb entraram em greve para cobrar o recebimento do salário de agosto, que só foi pago depois que a justiça bloqueou R$ 1,5 milhão da Prefeitura. No inicio deste mês um novo bloqueio de recursos municipais, R$ 2,8 milhões garantiu o pagamento da folha de setembro dos coletores, depois que eles ficaram dois dias parados (dias 7 e 8), mantendo apenas 30% do serviço.
