Subsídios vão garantir passe de ônibus congelado
Consórcio Guaicurus afirma, contudo, que déficit orçamentário impossibilita aquisição de nova frota
Reunião nesta quarta-feira (29) entre prefeitura, governo do Estado e Consórcio Guaicurus definiu que o valor do passe de ônibus em Campo Grande deverá permanecer inalterado, ao menos, até o fim deste ano. No entanto, déficit no repasse tornará impossível investimentos, tais como renovação e ampliação da frota.
De acordo com o advogado da empresa responsável pelo transporte público, André Borges, além do repasse municipal de R$ 1 milhão por mês, o custeio estudantil feito pelo governo estadual, de R$ 1,2 milhão mensal, arcará com parte do desfalque financeiro, de R$ 5 milhões, e garantirá o orçamento operacional, que inclui remuneração de funcionários.
“O governo, através de uma transferência voluntária, vai garantir subsídio, para que não tenha reajuste até dezembro”. No início do ano, o Executivo municipal fixou em R$ 4,40 a tarifa.
O diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon Júnior, afirma que o déficit alegado pelo Consórcio é unilateral, mas que “os passageiros podem ficar tranquilos, que não haverá reajuste até o fim do ano”.
O secretário estadual de Governo, Eduardo Rocha, ressaltou que o prazo de transferência é de até sexta-feira (1º), por conta de regras eleitorais, e por se tratar de um aporte feito fora das obrigações orçamentárias.
No fim do ano, uma nova reunião será realizada, para definir os próximos passos, que ainda são incertos, já que as verbas dependem da atuação da próxima gestão governamental de Mato Grosso do Sul. “Vai depender da equipe de transição.”