Suspeito de atirar em jovem após briga de cães é liberado por habeas corpus
Homem era considerado foragido, mas se apresentou já com salvo conduto nas mãos e apenas prestou depoimento
Lincoln Márcio D'Elia, suspeito de atirar no estudante Luiz Henrique de Souza Barbarotti após uma briga de cachorros, se apresentou na 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande nessa quinta-feira (5), prestou depoimento e foi liberado por ter conseguido um habeas corpus na Justiça.
Segundo informações do titular da unidade, delegado Sérgio Luiz Duarte, ele repetiu a mesma história contada pelos comparsas de que teria agido em legítima defesa.
O salvo conduto foi concedido pelo juiz Emerson Cafure, em substituição na 3ª Câmara Criminal da Cidade, contra o mandado de prisão que havia em aberto contra o investigado. O magistrado atendeu ao pedido feito pelos advogados de Lincoln, que pertencem ao escritório de Fábio Trad.
A defesa alegou que o suspeito tem a ficha limpa, residência e empregos fixos, além de sustentar seis filhos.
Com relação aos demais envolvidos, Eduardo Fialho Junior, 19 anos, continua preso pelo crime. Os advogados dele já entraram com pedido de liberdade, usando inclusive a decisão favorável ao comparsa como argumento para tentar convencer o juízo.
O terceiro suspeito é um adolescente de 17 anos, que também foi liberado depois de prestar depoimento. Ele é filho de Lincoln.
Crime – Luiz Henrique e mais três amigos caminhavam pela rua com dois cães quando o portão da casa onde Lincoln vive com a família foi aberto, o pit bull deles escapou e atacou os animais que estavam com a vítima.
Para separá-los, um dos rapazes deu socos no pit bull, mas o dono do animal não gostou e uma briga generalizada começou.
Os ânimos se acalmaram e cada grupo seguiu seu rumo. Porém, Luiz Henrique foi surpreendido algumas quadras adiante pelos suspeitos, que estavam em um Volkswagen CrossFox. Houve uma nova discussão.
Lincoln teria sacado a arma e atirado. A vítima tentou correr, mas caiu a 80 metros do local onde foi atingido.
Os suspeitos fugiram quando testemunhas começaram a se aproximar da briga. Durante a luta, o adolescente de 17 anos chegou a ter uma das orelhas dilaceradas. Segundo o delegado Sérgio Duarte, o encerramento do caso depende apenas de provas periciais que ainda não foram juntadas no inquérito.