Tarado que atacou estudantes em ônibus tem mais de 50 passagens pela polícia
Segundo o comandante da GCM, oito meninas e um garoto foram listados como vítimas do assédio de hoje
Conhecido no Bairro Santa Emília – região sudoeste de Campo Grande – por atacar mulheres na rua, João Antônio Santos Cardoso, de 38 anos, preso na tarde desta quarta-feira (17) por importunar sexualmente estudantes em ônibus, tem ficha criminal extensa. Segundo o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Anderson Ortigoza, só de passagens pela polícia ele acumula mais de 50.
Além dos crimes relacionados à dignidade sexual, ele também já cometeu roubos, furtos e violência doméstica. O homem ainda está sendo interrogado na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e nove alunos da Rede Estadual de Ensino já prestaram depoimento.
Ainda segundo o comandante da GCM, oito meninas e um garoto foram listados como vítimas do ataque de hoje.
O caso – No início da tarde de hoje, motorista da linha 308 trancou o homem que assediava estudantes dentro do ônibus, desviou a rota e foi parar na frente da DEPCA, em Campo Grande, após entregar o tarado à GCM.
De acordo com Elton da Costa de Paula, 40 anos, funcionário do Consórcio Guaicurus – que opera o transporte coletivo na Capital –, ele percebeu que o homem embarcou alterado no Terminal Bandeirantes. Falava alto e “perturbava” outros passageiros.
No trajeto, relatou o motorista, conforme o ônibus foi esvaziando, o importunador voltou-se para o grupo de estudantes. Adolescentes começaram a protestar: “para, sai de cima!” e o motorista interferiu, perguntando o que estava acontecendo. As meninas então disseram que o passageiro estava tentando agarrá-las à força.
Elton bateu boca com o homem, avisou que chamaria a polícia, puxou freio de mão e trancou as portas até que a Guarda Civil chegasse para prender o tarado. “Parei porque sou pai, poderia ser uma filha minha. Jamais aceitaria ver um cara tentando abraçar minha filha”.
O homem foi algemado e colocado na viatura da GCM, enquanto o motorista seguiu com o ônibus e as vítimas até a DEPCA. O caso deve ser tratado como importunação sexual.