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Capital

Tem o mesmo RG há mais de 10 anos? Saiba se precisa ou não trocar pelo novo

Mudança será obrigatória apenas em 2032; porém, alguns estabelecimentos exigem que documento seja atualizado

Por Natália Olliver | 12/01/2024 10:18
No novo RG a pessoa poderá solicitar a inclusão de dados de outros documentos, como CPF, NIS, Título de Eleitor (Foto: Marcos Maluf)
No novo RG a pessoa poderá solicitar a inclusão de dados de outros documentos, como CPF, NIS, Título de Eleitor (Foto: Marcos Maluf)

A implementação do modelo novo do RG ainda não começou a ser feita em Mato Grosso do Sul, mas já está gerando algumas dúvidas. Afinal, é obrigatório? Se o documento é antigo, é necessária a troca? É gratuito? Até quando pode ser feito? O início das emissões será na próxima segunda-feira (15) em todo o Estado. Nesta quinta e sexta-feira, as unidades de identificação estão em fase de teste, atualizando o sistema de cadastro e treinando os funcionários.

Para ajudar a esclarecer algumas das questões, o Campo Grande News falou com o diretor do Instituto de Identificação do Estado, Márcio Paroba. À reportagem ele explica que a mudança é obrigatória somente a partir de 2032, porém, quem tem o documento emitido há mais de 10 anos pode ter problemas. Isso porque, segundo ele, alguns lugares exigem que ele esteja atualizado, ou que a emissão seja de no mínimo de 2014.

“Quem tem o RG antigo tem até 2032 pra tirar o novo, até essas que tem há mais de 10 anos. O problema é que os outros órgãos exigem que seja o novo, dos últimos 10 anos pra cá”, disse. Em resumo, a mudança apesar de não obrigatória, é.

Outra questão é sobre a gratuidade do documento. De acordo com Márcio, o novo modelo funciona como o antigo, com a primeira via gratuita para todos. Já a segunda será cobrada taxa de emissão.

A dúvida mesmo do pessoal é isso. A procura está sendo bastante. Eu reforço que não precisa ter pressa nem desespero porque vão continuar válidas até 2032. A população está muito desesperada. A gratuidade vai continuar existindo até 2032 para quem não fez”, ressalta o diretor.

Procura - Desesperados com a “obrigatoriedade”, pessoas lotaram toda a agenda do mês de janeiro dos postos de identificação da Capital. Dos seis, apenas um, o Fácil Aero Rancho, ainda tinha horário para agendamento disponível para os dias 30 e 31. Entretanto, após algumas horas, os horários foram totalmente preenchidos e as vagas esgotadas no mês em todos os postos. Os agendamentos podem ser feitos nesse site.

Facilidade - Com o novo modelo do RG, o cidadão tem todos os documentos em um único lugar, sendo CPF, PIS/PASEP (Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), CNH (Carteira Nacional de Habilitação), Cartão do Sistema Único, título de eleitor, título militar e carteira de trabalho.

Na enquete publicada na manhã desta sexta-feira (12), pelo Campo Grande News, 60% dos leitores responderam que pretendem fazer o novo modelo do documento, 40% preferem não fazer o novo RG neste ano. A votação segue aberta, portanto os números podem mudar ao longo do dia.

Cobrança? - Algumas pessoas alertam que no ato do agendamento há um boleto no valor de R$ 47,00 para pagamento. Márcio alerta que a cobrança deve ser ignorada, pois o documento é gratuito, cobrado apenas em caso de perdas e roubos (2º via).

"As pessoas perdem muito os documentos. O que estamos colocando no site é esse aviso. No caso das pessoas que vem de outros estados, se eles fizerem lá uma vez, transferir para Mato Grosso do Sul e perder, vai precisar pagar a segunda via normal, no valor daqui".

Mudanças - Com a nova identidade, a probabilidade de fraudes é menor, visto que antes era possível que a mesma pessoa tivesse um número de RG por estado, além do CPF.

A nova carteira terá um QR Code, que permite verificar a autenticidade do documento, bem como saber se foi furtado ou extraviado, por meio de qualquer smartphone. Conta ainda com um código de padrão internacional chamado MRZ, o mesmo utilizado em passaportes, o que o torna ainda um documento de viagem.

Outra alteração é para tornar o registro mais inclusivo e representativo. O novo documento não terá mais distinção entre nome social e nome do registro civil. Dessa forma, passará a adotar o nome ao qual a pessoa se declara no ato da emissão. A carteira de identidade também será impressa sem o campo referente ao sexo.

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