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Capital

Tio ajudou homem a matar dois em briga de gangues no Estrela Dalva

Renan Nucci | 27/02/2015 10:08
Mulher de 44 anos que não tinha nada a ver com a briga de gangues foi assassinada em casa. (Foto: Alcides Neto)
Mulher de 44 anos que não tinha nada a ver com a briga de gangues foi assassinada em casa. (Foto: Alcides Neto)

A Polícia Civil avança nas investigações sobre a briga de gangues que resultou na morte de duas pessoas na noite do dia 14, no Conjunto Estrela Dalva, em Campo Grande, e revela que o assassino Thiago Muniz de Morais do Santos contou com ajuda do tio, um homem de 38 anos. Ambos estão foragidos.

O delegado Fabiano Góes Nagata, da 3º Delegacia de Polícia, pediu a prisão preventiva dos autores. Na ocasião do crime, Renner Oliveira Amaro, 22 anos, e Heloísa Chaves, 44, foram assassinados. Aguida Muniz de Morais, 45, mãe de Thiago, e Thais Paulo de Gois, 20, a esposa dele, foram baleadas, mas se recuperaram. Ricardo Henrique dos Santos, 28, amigo de Renner, foi preso em flagrante.

Nagata explicou que tudo começou com uma rixa entre grupos rivais em dezembro do ano passado, com alguns indivíduos baleados por razões ainda desconhecidas. “Essa rixa não é recente. Vem desde o ano passado e foi se inflamando aos poucos devido a ameças, até acabar em morte”, explicou.

Na noite do dia 14, Renner e Ricardo se envolveram em uma confusão com Thiago e o tio dele, cuja identidade não foi divulgada para preservar as investigações. Na briga, Renner foi baleado e tentou fugir, mas morreu na Rua do Cisne. Em represália, parceiros de gangue dele foram até à casa de Thiago. Como ele não estava, atiraram contra Thais e Aguida.

Para revidar este atentado, Thiago foi até uma residência localizada na Rua Águia Real, onde vive um homem identificado como “Negão”, que seria integrante do grupo de Renner. Lá ele encontrou apenas Heloísa, a mulher dele, e a matou a tiros, fugindo em seguida. A Polícia foi acionada e em rondas nas proximidades prendeu Ricardo.

O delegado ressalta que existem inúmeros grupos rivais na região do Estrela Dalva, assim como em outros bairros, que são compostos em sua maioria por pessoas que trabalham, mas que alimentam rixas com moradores vizinhos por motivos banais. “Não são criminosos que vivem de roubos e tráfico, por exemplo. É tudo gente empregada que não consegue se entender e transforma situações banais em desfechos trágicos”, disse.

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