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Capital

Tio e sobrinho alegam ter invadido casa de idosa para roubar cadeiras

Bandidos fizeram mulheres reféns após invadir casa e pediram a presença da imprensa para se entregar

Dayene Paz | 19/10/2021 08:01
Casa da vítima, que fica próxima ao condomínio Recanto dos Manacás, foi cercada por policiais. (Foto: Kísie Ainoã)
Casa da vítima, que fica próxima ao condomínio Recanto dos Manacás, foi cercada por policiais. (Foto: Kísie Ainoã)

Presos após manterem duas mulheres reféns nesta segunda-feira (18), em Campo Grande, o coletor de recicláveis, Paulo Cesar da Luz Lazaretti, de 38 anos, e o sobrinho, John Willian Silva da Luz, 31, alegaram que entraram na residência do Bairro Coopharádio "apenas" para roubar duas cadeiras de fio, mas reagiram ao serem recebidos a tiros pela dona da residência. A polícia não acredita nessa versão.

Em interrogatório na delegacia, Paulo disse que desde o início da tarde de ontem, estava bebendo pinga com o sobrinho, o serralheiro Jhon Willian, em um bar da Vila Albuquerque. No final da tarde, resolveram procurar outro bar, no bairro Tiradentes, onde continuaram ingerindo bebidas alcoólicas.

Bêbados, os dois seguiram a pé, com uma garrafa de pinga nas mãos, quando viram duas cadeiras de fio e uma rede na varanda da casa do Coopharádio. Então resolveram furtá-las. No entanto, quando pularam dentro da residência, foram recebidos a tiros pela proprietária, declarou o coletor durante depoimento na delegacia.

Paulo alegou que não portava arma de fogo e pensou no momento que se fugissem seria pior. Então, como estavam perto da idosa, resolveram atacá-la e conseguiram tomar a arma. Eles reviravam a casa, quando a cuidadora apareceu e também foi rendida. O sobrinho diz que a mulher não chegou a atirar, já o tio, afirma que a idosa efetuou dois disparos contra eles.

Paulo já foi preso por tráfico de drogas em 2013 e Jhon não tem ficha criminal.

O caso - Idosa e a cuidadora dela foram feitas reféns por pelo menos uma hora e meia. A operação teve a presença de negociador do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e cinegrafistas de duas emissoras de TV da Capital "convocados" para "salvar" a vida das mulheres durante as negociações.

Bandidos que mantinham as vítimas em cárcere exigiam a presença da imprensa para se entregar. As negociações começaram por volta das 16h30 e só terminaram perto das 18h. Depois que disparos foram ouvidos no local, a idosa foi retirada da casa carregada no colo por um policial.

Parentes foram ao encontro dela, enquanto PMs também deixaram o imóvel e viatura do Batalhão de Choque fez manobra para entrar de ré na garagem da casa. A casa da vítima, que fica próxima ao condomínio Recanto dos Manacás, foi cercada por policiais, além de toda a quadra em volta.

No local, muitos curiosos acompanharam a ação de longe. As duas mulheres, segundo a polícia, estão bem. Apesar dos danos psicológicos, não tiveram ferimentos.

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