“Toda chuva é um estrago”, lamentam moradores da favela Cidade dos Anjos
Quatro barracos foram danificados com a queda de leucenas
Menos um mês depois de uma série de transtornos causados pela chuva, os moradores da favela Cidade dos Anjos, que fica aos fundos do Bairro Parque do Lageado, voltaram a ser atingidos por quedas de árvores. A chuva desta quinta-feira (20) foi rápida, mas chegou a alagar o terreno onde mais de 100 famílias habitam de forma irregular.
RESUMO
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Menos de um mês após transtornos por chuvas, moradores da favela Cidade dos Anjos, em Campo Grande, enfrentam novos problemas com quedas de árvores. A chuva rápida alagou o terreno onde vivem mais de 100 famílias. Luana Talia, assistente de educação, encontrou sua casa destruída por uma árvore. Ana Caroline Benitez, com filho no colo, viu uma árvore cair sobre sua casa. Ana Lúcia dos Santos, mãe de quatro, teve colchões e sofá molhados. Não houve assistência imediata da Prefeitura ou concessionária de energia. Árvores leucenas, invasoras, são as principais responsáveis pelas quedas.
A chuva veio na hora do almoço, quando a assistente de educação infantil Luana Talia, de 26 anos, retornava para o trabalho a pé. Por ter ficado muito molhada, ela retornou à sua casa para trocar de roupa e encontrou sua casa destruída.
“Fiquei tão desesperada, porque vi a árvore caída logo que cheguei na entrada da comunidade. Destruiu parte da minha casa, inclusive o banheiro. Toda chuva é um estrago”, desabafou Luana. Ela disse que a situação só não foi pior porque o filho estava na creche.
Com o filho de cinco meses no colo, Ana Caroline Benitez, de 24 anos, viu a árvore cair em suas cabeças. “As luzes se apagaram e o barulho da árvore caindo foi assustador. Meu filho não parava de chorar, estava assustado com os raios e trovões”, compartilha a jovem.
Mãe de quatro crianças, entre 3 e 12 anos, Ana Lúcia dos Santos está preocupada por ter os colchões e sofá molhados pela chuva. “Quando a árvore caiu em cima da nossa casa, pela terceira vez, estávamos juntos no quarto. Agora, nossas camas estão molhadas e não temos onde ficar, fora que as paredes podem cair a qualquer momento. É preciso muita força para se reerguer”, lamenta.
Enquanto a equipe do Campo Grande News esteve no local, nenhuma equipe do serviço público ou da concessionária de energia estavam presentes para atender a comunidade. A prefeitura informou, em nota, que não houve registro da ocorrência nos canais da Defesa Civil ou pedido de apoio pelos canais oficiais.
Essas árvores que estão caindo sobre as casas são da espécie leucena, conhecidas por ser invasoras e altamente agressivas.
Outra vez - No fim do mês passado, os moradores ficaram vários dias sem luz após árvores caírem durante a chuva. Para realizar o serviço da remoção das árvores, a Prefeitura de Campo Grande solicitou que a concessionária desligasse a energia no local para que as equipes trabalhassem com segurança na remoção das árvores. Revoltados com a demora, os moradores chegaram a atear fogo em entulhos e pneus para fechar a rua de acesso à favela.
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