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Capital

Traficante e mais quatro são presos por atear fogo a morador de rua

Aline dos Santos e Fernando da Mata | 15/03/2012 12:49

Ataque revela plano que envolve 7 pessoas e pai de traficante que atropelou e matou menina

Jovem foi atacado em terreno baldio. (Foto: Marlon Ganassin)
Jovem foi atacado em terreno baldio. (Foto: Marlon Ganassin)

Cinco pessoas foram presas pelo ataque ao morador de rua Levi da Costa, de 22 anos, que teve metade corpo queimado na madrugada do último sábado em Campo Grande. O crime que choca pela violência foi ordenado porque o jovem devia R$ 450 na boca-de-fumo comandada por Luiz Henrique dos Santos.

O traficante é pai de Magno Henrique Martins dos Santos, de 28 anos. Condenado por tráfico de drogas, Magno foi notícia por atropelar e matar uma menina de 6 anos. Laudo apontou que ele poderia desviar, mas preferiu atingir Rayane Amorim Piccelli Pereira.

Além de Luis Henrique, foram presos outros três homens e uma mulher. O Campo Grande News apurou que outras três pessoas participaram da tentativa de homicídio contra o morador de rua. Elas devem ser presas nas próximas horas.

Ainda não foi determinado qual a função de cada preso no crime e nem se Luiz Henrique foi o mandante. Ele é dono de ponto de revenda de drogas entre os bairros Morada Verde e Talismã. O traficante tem antecedente criminal por dois homicídios e receptação. Ele também é investigado por outras dez mortes.

Magno, que está preso desde o início do mês, não tem, a princípio, ligação com o crime contra o morador de rua. Ele comandava bocas-de-fumo em Rio Verde.

Drama - Levi da Costa sofreu queimaduras de segundo grau, espalhadas, principalmente, pela genitália, peito e cabeça. Dependente químico, ele foi expulso de casa em 2007 pelo pai. “Eu falei que enquanto tivesse nessa situação, eu não ia aceitar que ele ficasse dentro de casa. Aí, ele saiu”, conta o homem de 60 anos.

O pai conta que tomou a decisão por medo. “Tem tanto drogado que mata pai, mãe”, justifica. Desde então, Levi ia ver a família, no bairro Zé Pereira, de forma esporádica. A última visita foi no ano passado.

No sábado, foi a vez do pai procurar o filho. “Nessa hora, o amor fala mais alto. Disse para ele que Deus deu mais uma oportunidade de vida”, conta. O jovem foi adotado em Corumbá quando tinha dois anos.

O jovem foi encontrado caminhando pela rua Albatroz, no bairro Nascente do Segredo. Ele relatou que foi amarrado a uma árvore em um terreno baldio e, depois, teve o corpo incendiado. Aparentemente, ele dormia no local. Uma espécie de tapume fazia as vezes de cama.

A informação inicial é de que ele foi agredido por três homens e uma mulher que chegaram ao local em duas motocicletas.

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