Trans vítima de estupro diz que “amigos” levaram vaquinha
Caso foi registrado como apropriação indébita e suspeitos de estelionato foram para São Paulo
O crime que ocorreu com a transexual Camila Ribeiro de Lima, 54 anos, chocou a cidade há exatos seis meses. Após sofrer um sequestro e ser vítima de estupro, ela precisou de ajuda e cuidados de pessoas que acreditava ser amigos.
Mas, há cerca de dois meses a vaquinha virtual que fizeram para ajudar nos custos das despesas para tratamento pós-cirúrgicos simplesmente desapareceu. Sem conta no banco, Camila aceitou que o casal de amigos que acolheram ela no momento difícil, administrassem o dinheiro das doações.
Ao todo foram arrecadados R$ 9.130,00. Conforme o boletim de ocorrências que investiga o crime de apropriação indébita, a vítima usou apenas R$ 2.557,00. O restante do montante não foi repassado, total de R$ 6.573,00.
“Se aproveitaram da minha situação. Estava em um momento de fundo do poço, na cama e muito debilitada. Agora eles sumiram e não atendem as ligações”, disse Camila.
Ela afirma que reconhece a ajuda que recebeu do casal, mas após eles se mudarem para São Paulo, teve a surpresa de ser bloqueada nas redes sociais e aplicativos de conversa. “A polícia disse que se trata de estelionato. Agora estou precisando de ajuda e fiz uma caixinha de Natal. Confiei nas pessoas erradas.”