Transexual denuncia discriminação durante revista de guardas municipais
Transexual disse que foi revistada com homens e chamada por nome de registro e não pelo social
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul apura denúncia de transexual que disse ter sido vítima de homotransfobia por guardas civis municipais de Campo Grande, quando estava abrigada no antigo Cetremi.
A conduta discriminatória teria ocorrido no dia 11 de maio, na Unidade de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias, antigo Cetremi.
A Uaifa é local de acolhimento provisório para pessoas em situação de rua. Antes de serem abrigadas, todos passam por revista pessoal para averiguar se não estão entrando com objetos irregulares.
Nesta revista, a transexual foi separada e colocada com os homens, mesmo tendo informado seu nome social. Ela ainda teria sido chamada pelo nome de registro, masculino, causando grande constrangimento.
O fato foi narrado no dia seguinte para integrantes do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública, que esteve visitando local.
“O Nudedh solicitará informações aos dirigentes da Guarda Civil Metropolitana sobre o ocorrido, bem como orientar sobre a necessidade de respeito à identidade de gênero e à utilização do nome social durante as abordagens”, destacou o defensor Mateus Augusto Sutana e Silva.
A assessoria da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), responsável pela Guarda Civil, disse que ainda não foi notificada do caso e, assim que for oficiada, “tomará as medidas cabíveis”.