Trio matou adolescente ao lhe pregar um susto para punir furto de TV
O trio acusado de matar o adolescente Marcos Vinícius da Silva Barbosa, 17 anos, no dia 2 de janeiro de 2014, no Jardim Novo Século, pretendia apenas pregar um susto na vítima atirando em sua direção, porém um dos disparos o atingiu. O jovem furtou a casa de Antônio Marcos Ferreira Chaves, 33 anos, o que motivou o crime.
Conforme o delegado titular da 5ª delegacia de polícia, Jairo Carlos Mendes, Antônio viajou com a família, entre os dias 31 de dezembro e 2 de janeiro, e ao chegar em sua residência, percebeu que sua casa foi furtada, sendo que três televisores foram levados, além de outros objetos.
Alguns dias depois, Antônio comentou do furto para o cunhado, proprietário de uma conveniência. Anderson Filiu Silva, 20 anos, estava no local e reconheceu o possível autor do crime, que seria Marcos. Então, os dois, junto com Marcelo Neves, 34 anos, foram até a casa do adolescente.
Marcos Vinícius acabou confessando o furto e revelou que os objetos estavam na casa do comparsa, identificado como Menor. O trio e o adolescente foram até o local e recuperaram os objetos.
Na volta, eles colocaram Marcos dentro de um veículo Volkswagen CrossFox preto, do cunhado de Antônio, e o levaram até um matagal, nas proximidades do Jardim Colibri. No local, os três desferiram vários golpes contra o menor e pediram para que ele corresse.
O adolescente entrou no matagal, quando Marcelo resolveu disparar um tiro para cima, e Anderson efetuou vários em direção a Marcos, somente para dar um susto na vítima, “sem intenção de matar”. Porém, um dos disparos atingiu as costas da vítima, de acordo com o delegado.
O rapaz fugiu e tentou pedir socorro em uma casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Anderson foi preso pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, no dia 8 deste mês, por receptação, já que estava em posse de uma moto Honda CG Titan. Ele confessou o crime e delatou os comparsas, que se apresentaram á polícia junto com os advogados.
O trio foi indiciado por homicídio doloso qualificado por dolo eventual, mas, como não houve flagrante, ainda não foram presos.
As duas armas usadas no crime, uma pistola .40 e um revólver calibre 38, foram encaminhadas para a perícia para saber quais delas foram usadas para matar o adolescente.