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Capital

Urbanista alerta para riscos em viadutos da Ceará e Afonso Pena

Buracos, terra, rachaduras e infiltrações foram encontradas por arquiteto urbanista em edificações.

Gabriel Neris | 10/02/2019 10:46
No pontilhão da Afonso Pena, primeiro problema detectado é falta de grama que serve para conter terra que desce a cada chuva,
No pontilhão da Afonso Pena, primeiro problema detectado é falta de grama que serve para conter terra que desce a cada chuva,
Pilar do viaduto da Afonso Pena com estrutura danificada (Foto: Kísie Ainoã)
Pilar do viaduto da Afonso Pena com estrutura danificada (Foto: Kísie Ainoã)

Os viadutos da região da Rua Ceará e Afonso Pena apresentam indícios de que a manutenção nesse tipo de estrutura anda falha em Campo Grande. Após a observação nessas edificações, o arquiteto e urbanista Elvio Garabini alerta para problemas aparentes, que precisam ser resolvidos antes que representem alto risco para a população. 

No caso do viaduto que passa sobre a Rua Ricardo Brandão, o especialista alerta para a rachadura nas pedras que formam o gabião, estrutura armada com malha de fios de aço. Segundo Elvio, há falta de grama em um dos lados, o que parece simples, mas é fundamental para manter a estrututa em pé. “A grama tem a função de segurar o aterro”, diz.

"Barriga" formada pelo deslocamento de pedras no gabião do viaduto da Ceará, devido à pressão. (Foto: Kísie Ainoã)
"Barriga" formada pelo deslocamento de pedras no gabião do viaduto da Ceará, devido à pressão. (Foto: Kísie Ainoã)
Pressão quebra as rochas do gabião da Ceará, fazendo com que elas se soltem facilmente. (Foto: Kísie Ainoã)
Pressão quebra as rochas do gabião da Ceará, fazendo com que elas se soltem facilmente. (Foto: Kísie Ainoã)

O gabião apresenta uma espécie de barriga, indicando que as pedras sofrem pressão maior que a projetada, além de também exibir rachaduras. No pontilhão também foi possível detectar pequenas rachaduras, indicação infiltrações no local.

Arquiteto atenta para infiltrações embaixo do viaduto da Ceará. (Foto: Kísie Ainoã)
Arquiteto atenta para infiltrações embaixo do viaduto da Ceará. (Foto: Kísie Ainoã)

Já no pontilhão da Afonso Pena, sobre a Ceará, foram vários os problemas detectados pelo urbanista.

Um buraco com cerca de quase 1 metro de diâmetro pode ser visto embaixo da estrutura. A terra que deveria cobrir o espaço é levada a cada chuva e se esparrama pela calçada, prejudicando até mesmo quem passa a pé pelo local. De perto, é possível ver a terra da espessura fofa.

Buraco embaixo do viaduto da Afonso Pena pelo qual a terra sai devido às chuvas. (Foto: Kísie Ainoã)
Buraco embaixo do viaduto da Afonso Pena pelo qual a terra sai devido às chuvas. (Foto: Kísie Ainoã)
Buraco esob a estrutura do viaduto da Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)
Buraco esob a estrutura do viaduto da Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)

Já sob o viaduto, o arquiteto urbanista alerta para as rachaduras dos pilares de sustentação.

Rachaduras na base do um dos pilares de sustentação do viaduto da Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)
Rachaduras na base do um dos pilares de sustentação do viaduto da Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)
Rachaduras na base do um dos pilares de sustentação do viaduto da Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)
Rachaduras na base do um dos pilares de sustentação do viaduto da Afonso Pena. (Foto: Kísie Ainoã)

A reportagem procurou o titular da SISEP (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fiorese, na sexta-feira e também neste domingo, mas as ligações não foram atendidas.

Na semana passada, a assessoria de imprensa da pasta informou que a Prefeitura de Campo Grande concluiu no ano passado um levantamento “de todas as pontes, viadutos e passarelas da cidade”. Segundo a prefeitura, “não foi constatado nenhum problema que comprometa a estrutura”.

A Secretaria Informou ainda que obras de revitalização são constantes, desenvolvidas com acessibilidade, reforço na segurança de pedestres, pintura e correção de eventuais solapamentos nas cabeceiras.

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