Urbanista alerta para riscos em viadutos da Ceará e Afonso Pena
Buracos, terra, rachaduras e infiltrações foram encontradas por arquiteto urbanista em edificações.
Os viadutos da região da Rua Ceará e Afonso Pena apresentam indícios de que a manutenção nesse tipo de estrutura anda falha em Campo Grande. Após a observação nessas edificações, o arquiteto e urbanista Elvio Garabini alerta para problemas aparentes, que precisam ser resolvidos antes que representem alto risco para a população.
No caso do viaduto que passa sobre a Rua Ricardo Brandão, o especialista alerta para a rachadura nas pedras que formam o gabião, estrutura armada com malha de fios de aço. Segundo Elvio, há falta de grama em um dos lados, o que parece simples, mas é fundamental para manter a estrututa em pé. “A grama tem a função de segurar o aterro”, diz.
O gabião apresenta uma espécie de barriga, indicando que as pedras sofrem pressão maior que a projetada, além de também exibir rachaduras. No pontilhão também foi possível detectar pequenas rachaduras, indicação infiltrações no local.
Já no pontilhão da Afonso Pena, sobre a Ceará, foram vários os problemas detectados pelo urbanista.
Um buraco com cerca de quase 1 metro de diâmetro pode ser visto embaixo da estrutura. A terra que deveria cobrir o espaço é levada a cada chuva e se esparrama pela calçada, prejudicando até mesmo quem passa a pé pelo local. De perto, é possível ver a terra da espessura fofa.
Já sob o viaduto, o arquiteto urbanista alerta para as rachaduras dos pilares de sustentação.
A reportagem procurou o titular da SISEP (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fiorese, na sexta-feira e também neste domingo, mas as ligações não foram atendidas.
Na semana passada, a assessoria de imprensa da pasta informou que a Prefeitura de Campo Grande concluiu no ano passado um levantamento “de todas as pontes, viadutos e passarelas da cidade”. Segundo a prefeitura, “não foi constatado nenhum problema que comprometa a estrutura”.
A Secretaria Informou ainda que obras de revitalização são constantes, desenvolvidas com acessibilidade, reforço na segurança de pedestres, pintura e correção de eventuais solapamentos nas cabeceiras.