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Cidades

Desembargador de MS é investigado pelo CNJ por favorecer frigorífico

Aline dos Santos | 16/07/2012 11:12

O desembargador Nery da Costa Júnior, do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), e o juiz Gilberto Rodrigues Jordan são suspeitos de usar os cargos para favorecer um frigorífico. Nery era de Mato Grosso do Sul antes de compor a segunda instância da Justiça Federal.

A investigação foi feita pela Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A sindicância foi aberta em maio de 2011, depois de o Ministério Público Federal pedir investigação.

Conforme reportagem da Folha de São Paulo, documentos da sindicância sigilosa revelam relações entre Nery Júnior e Sandro Pissini, dono do escritório de advocacia contratado em 2008 pelo Grupo Torlim para defesa em processo em Ponta Porã. O frigorífico foi acusado de sonegação e crimes tributários estimados em R$ 184 milhões.

Conforme a Folha, Pissini foi assessor do desembargador no TRF entre 1999 e 2001. Nery já vendeu uma fazenda ao advogado. E, desde 2011, um ex-funcionário do escritório de Pissini é chefe de gabinete do desembargador.

Ainda segundo o jornal, em 2004, após operação da Polícia Federal, bens do Torlim, como fazendas e veículos, foram bloqueados. A empresa foi à Justiça para liberá-los.

A ação para auxiliar o frigorífico teria começado em 14 de janeiro de 2011, quando Nery Júnior enviou ofício à presidência do TRF sugerindo uma força-tarefa, a ser coordenada por ele, para acelerar os processos na cidade. Os trabalhos duraram duas semanas. O juiz Gilberto Rodrigues Jordan desbloqueou os bens.

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