Promotor manda prova que reprovou 99% de inscritos para análise da UFMS
O procedimento para apurar eventuais irregularidades foi aberto em 19 de dezembro, após a promotoria receber 257 reclamações em dois dias
A prova que reprovou 99% dos inscritos no concurso do governo do Estado para professor será enviada para análise da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
No pedido, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, da 30ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, solicita ao reitor Marcelo Turine que seja designado corpo técnico para analisar o conteúdo do caderno de prova aplicada na 1ª fase do concurso.
O promotor quer saber se o conteúdo da prova é compatível com o conteúdo programático exigido no edital, se a forma como foram elaboradas e dispostas as questões impede a compreensão do conteúdo, e se existe defeito ou falha de impressão que comprometa o entendimento e a resolução das questões.
O MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e a UFMS têm convênio de cooperação técnica e científica. No fim de fevereiro, o promotor reiterou à SAD (Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização) que envie o contrato com a Funrio, organizadora da prova, exemplar do caderno de questões e do gabarito.
O primeiro pedido data de 31 de janeiro. Conforme Marcos Alex, o descumprimento injustificado da requisição pode resultar em responsabilização criminal.
O procedimento para apurar eventuais irregularidades foi aberto em 19 de dezembro, após a promotoria receber 257 reclamações em dois dias. A prova do concurso que ofertava mil vagas e teve 14.370 inscritos foi realizada em 16 de dezembro de 2018.
Em 30 de janeiro, foi publicado o resultado com apenas 73 aprovados. O governo aponta que não houve irregularidade e prosseguiu em fevereiro com 75 candidatos, mais dois foram aprovados após o período de recurso, com a segunda fase. As demais vagas devem ser preenchidas com lançamento de novo edital.
As reclamações dos candidatos ao Campo Grande News incluem tempo para prova, qualidade da impressão e alteração no número de questões anuladas, que são somadas como acerto para os candidatos.