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Governo chamará 73 aprovados e vai abrir novo concurso para professor

“Obviamente terá que ser feito um novo concurso, o mais rapidamente”, diz Roberto Hashioka

Aline dos Santos e Ronie Cruz | 31/01/2019 10:31
Hashioka confirmou hoje que concurso será mantido. (Foto: Marina Pacheco)
Hashioka confirmou hoje que concurso será mantido. (Foto: Marina Pacheco)

Com a reprovação de 99% dos inscritos, o governo do Estado divulgou nesta quinta-feira (dia 31) que vai manter o concurso para professor, com os 73 aprovados seguindo para a segunda fase e também vai preparar um novo edital, pois restaram 927 vagas.

“O concurso vai ser mantido sim em respeito aos candidatos que passaram. Eu posso falar que os 73 aprovados vão passar pela segunda fase e farão a prova discursiva”, afirma o titular da SAD (Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização), Roberto Hashioka, que participou de entrevista coletiva.

Com as próximas etapas, o número de aprovados pode ser ainda menor. A previsão é chamar os aprovados para assumir as aulas no segundo semestre. 

De acordo com Hashioka, a anulação só aconteceria diante de uma justificativa muito forte. Como o concurso ofertou mil vagas, as que não forem preenchidas serão destinadas a um novo edital. “Obviamente terá que ser feito um novo concurso, o mais rapidamente”, diz. Mas ainda não tem data.

Conforme o secretário adjunto da SAD, Édio Viegas, Mato Grosso do Sul paga o melhor salário do País para professores e fez um concurso com maior grau de exigência. “A baixa quantidade de aprovados se deve a critérios mais rigorosos. Antes, era aprovado quem acertasse 50% do total das questões. Agora, a exigência foi de 60% de acertos por área”, diz.


Segundo a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, quando começar o ano letivo, as vagas remanescentes serão preenchidas com professores temporários.

O resultado da primeira fase do concurso para professor, que teve 14.370 inscritos, foi divulgado ontem e provocou polêmica. Candidatos reclamaram que o exame, aplicado em 16 de dezembro, teve duração de apenas quatro horas; relataram que a qualidade da impressão e o tamanho da letra dificultaram a leitura; e que questões com recurso indeferido anteriormente acabaram anuladas para aumentar o total de aprovados.

Em média, o candidato teve que resolver 20 questões por hora. Sobre a letra, Hashioka informa que a fonte utilizada está dentro dos padrões previstos nos concursos. As questões anuladas somam como acerto para os candidatos.

Um grupo de inscritos fez protesto ontem e a Fetems (Federação dos Trabalhadores de Educação de Mato Grosso do Sul) considerou que a reprovação de 99,05% dos participantes foi “fora do padrão”.

A taxa de inscrição do edital 01/2018 foi de R$ 216,16. Aplicada em Campo Grande e Dourados, a prova escrita objetiva tinha três divisões: Língua Portuguesa (15 pontos), Conhecimentos Pedagógicos e Metodológicos (25 pontos) e Conhecimentos Específicos (40 pontos).

Conforme o edital, seria considerado aprovado o candidato que obtivesse no mínimo 60% dos pontos estabelecidos para cada matéria. Desta forma, para ser aprovado, teria de fazer, ao menos, 9 pontos em Português, 15 pontos em Conhecimentos Pedagógicos e 24 pontos em Conhecimentos Específicos. O prazo para recursos sobre o resultado termina às 17h de hoje.

Édio, Hashioka e Maria Cecília participaram de coletiva nesta quinta-feira. (Foto: Marina Pacheco)
Édio, Hashioka e Maria Cecília participaram de coletiva nesta quinta-feira. (Foto: Marina Pacheco)
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