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Interior

Acusação pede condenação de político paraguaio por matar jornalista

Helio de Freitas, de Dourados | 01/12/2017 14:01
Neneco durante audiência do julgamento, iniciado há um mês (Foto: ABC Color)
Neneco durante audiência do julgamento, iniciado há um mês (Foto: ABC Color)

Em exposição que durou quatro horas, os promotores Sandra Quiñónez e Vicente Rodríguez pediram a condenação do político paraguaio Vilmar Acosta Marques, o Neneco, que está sendo julgado desde o final de outubro como mandante dos assassinatos do jornalista Pablo Medina e da estudante Antonia Almada, ocorridos em outubro de 2014 perto da fronteira com Mato Grosso do Sul. O julgamento ocorre no Palácio da Justiça em Assunção, capital do Paraguai.

Neneco foi preso em Juti (MS), em março de 2015. Ele tentou evitar sua extradição apresentando uma certidão de nascimento emitida no território brasileiro, mas o documento foi considerado falso. O caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal). No final do ano passado, Neneco foi extraditado de Campo Grande para Assunção, onde está preso.

Na apresentação ao Tribunal de Sentença, os representantes do Ministério Público afirmaram que as provas apresentadas em juízo “demonstram de maneira irrefutável” que Neneco incentivou o assassinato de Pablo Medina. O jornalista produzia reportagens contra o então prefeito de Ypehjú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos (MS).

Segundo os promotores, Neneco conversou por telefone antes, durante e depois das mortes com seu irmão Wilson Acosta Marques, 46, que está foragido, e pelo sobrinho do político, Flavio Acosta Riveros, 32, preso em Foz do Iguaçu (PR). Os dois são acusados de executar o jornalista e a estudante, para não deixar testemunha. Não há previsão e quando o julgamento vai acabar.

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