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Interior

Advogada de Pavão e Marcelo Piloto é alvo de 14 tiros na fronteira

Colete a prova de balas e carro blindado não evitaram que a advogada fosse atingida

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 12/11/2018 20:43
Advogada Laura Casuso ao lado do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão. (Foto: Arquivo)
Advogada Laura Casuso ao lado do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão. (Foto: Arquivo)

A advogada Laura Casuso, de 54 anos, foi alvo de pelo menos 14 tiros por volta das 19h50, desta segunda-feira (12) no Bairro Maria Victoria em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã, a cerca de 323 quilômetros de Campo Grande.

Laura é advogada do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, mas também atuou em processos envolvendo o chefe do Comando Vermelho, Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto.

A advogada usava colete a prova de bala e ocupava um veiculo da Range Rover, preto, também blindado, quando foi surpreendida pelos pistoleiros que segundo testemunhas, estavam em uma camionete Toyota Hilux, preta.

Após os disparos eles fugiram e a vítima foi socorrida por amigos a uma clínica particular da cidade, conforme o Porã News. As informações preliminares são de que o quadro clínico de Laura é grave.

No local do atentado a polícia recolheu 19 cápsulas de 9 milímetros. Uma caminhonete, possivelmente a usada no crime também foi encontrada abandonada perto da unidade do Forte Atacadista, na cidade e os  pistoleiros teriam fugido para o lado brasileiro da fronteira. 

Agentes da Divisão de Homicídios e da Polícia Técnica ainda periciam o local do atentado e empenharam equipes em busca dos suspeitos.

Pavão - Preso desde dezembro do ano passado no Presídio Federal de Mossoró (RN), o sul-mato-grossense natural de Ponta Porã, Jarvis Gimenes Pavão, cumpriu oito anos de prisão por lavagem de dinheiro no Paraguai, mas nesse tempo atrás das grades continuou controlando sua rede de tráfico de cocaína para o Brasil.

Atuação semelhante a do narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, que está preso no Paraguai e tem 26 anos de prisão a cumprir no Rio de Janeiro. No "currículo" do crime, Piloto acumula acusações por homicídio, assaltos, tráfico e ostenta o título de chefe da facção Comando Vermelho, rival do PCC (Primeiro Comando da Capital). Duas das maiores potências na guerra entre facções pela liderança no tráfico de drogas. 

À direita da imagem, Range Rover blindada em que a advogada seguia. (Foto: Porã News)
À direita da imagem, Range Rover blindada em que a advogada seguia. (Foto: Porã News)
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