Advogados de ex-vereadores recorrem e ex-prefeito deixa prisão após fiança
Presos pela Operação “Câmara Secreta”, desencadeada ontem pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), os ex-vereadores Sidlei Alves e Humberto Teixeira Júnior esperam julgamento de habeas corpus impetrados ontem pelos advogados de defesa.
Também estão presos no 1º Distrito Policial de Dourados os ex-assessores parlamentares Rodrigo Terra e Amilton Salina, que podem ser beneficiados pelo mesmo pedido de liberdade provisória.
Já o ex-prefeito e ex-deputado estadual, Humberto Teixeira, pai do ex-vereador, foi liberado depois de pagar fiança. Ele foi preso por posse de armas, encontradas em fazenda da família, durante vistoria do Gaeco na manhã de ontem.
Teixeira estava detido na delegacia de Vicentina. O ex-prefeito tinha dois revólveres calibres 38 e 22, além de três espingardas calibres 32 e 22 e 170 munições na propriedade, também em Vicentina.
Passado- Em março, quando foi cassado, Humberto Teixeira Junior disse que tinha "denúncias sérias a fazer", contra políticos do Estado, mas que avaliava "a melhor formar de levar essa denúncia adiante"
Depois de se defender por duas horas das acusações de participação no esquema de pagamento de propina durante a gestão do ex-prefeito Ari Artuzi, o pedetista, munido de documentos, prometeu citar nomes importantes, mas nunca chegou a colocar em prática a ameaça.
Já Sidlei Alves sempre foi citado nas operações encolvendo a Câmara como membro ativo de quadrilha que arrombava os cofres públicos. Na Uragano, sobre pagamento de propina, ele foi apontado pelo Ministério Público como o mais voraz dos vereadores envolvidos no esquema.