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Política

Sidlei Alves e Humberto Texeira Jr já foram presos duas vezes em operações da PF

Ítalo Milhomem | 29/04/2011 10:27

Os ex-vereadores Sidlei Alves (DEM) e Humberto Teixeira Júnior (PDT) presos na manhã desta sexta-feira (29) em Dourados na operação “Câmara Secreta” do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) por fraudes em empréstimos consignados feitos por funcionários da Câmara Municipal já foram presos em outras duas operações policias em 2009 e 2010.

A primeira prisão ocorreu em 2009, na operação da Polícia Federal chamada de “Owari”, que significa ponto final em japonês. A polícia investigava vereadores, servidores públicos e empresários com negócios de Dourados, Ponta Porã e Naviraí, suspeitos de fraudar licitações para assumir o monopólio de serviços públicos de transporte, saúde, limpeza pública e funerária. Nas três cidades, 42 pessoas foram presas pela PF após dois anos de investigações.

Já a segunda prisão dos dois ocorreu em setembro de 2010, com operação a “Uragano”, conhecida como furação no idioma italiano. Esta operação prendeu o até então prefeito de Dourados, Ari Artuzi, vice-prefeito, Carlinhos Cantor (PR), e 9 dos 12 vereadores do município, além de servidores públicos e empresários do Estado. Ao todo, 60 pessoas foram indiciadas por formação de quadrilha, fraude de licitações e desvio de recursos públicos.

Na Uragano, Sidlei ficou preso por 90 dias até renunciar ao cargo de presidente da Câmara de Dourados em dezembro passado. Já Texeira Júnior foi cassado em março pela comissão processante de vereadores.

Câmara Secreta - Rodrigo Ribas Terra, ex-assessor de Texeira Júnior e Amilton Salina, que foi diretor financeiro da Câmara Municipal por mais de dez anos também foram presos na operação do Gaeco.

Terra também foi indiciado na operação “Uragano”. A denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual afirma que Terra sabia das irregularidades ocorridas na Câmara e mesmo assim contribuiu para os atos delituosos de seu ex-chefe, Humberto Texeira Junior.

Nesta última investigação, a polícia apontou Terra e Salina como parte da quadrilha que nomeava funcionários públicos para que eles fossem laranjas em empréstimos consignados para os vereadores, que depois abandonavam os pagamentos prejudicando as empresas de empréstimos.

De acordo com a denúncia, a quadrilha era responsável pela falsificação de holerites dos novos servidores, que em tese tinham vencimentos de R$ 1.080, mas a Câmara atestava salário de pelo menos R$ 5 mil, para conseguir empréstimos maiores que os salários dos servidores “laranjas”.

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