Alvos de vândalos e sem manutenção, parques e praças estão abandonados
Quadras de esportes e banheiros estão sem condições de uso na maioria dos parques e praças de Dourados; prefeitura faz manutenção, mas alega falta de dinheiro para reforma completa
Quase todos os parques e praças de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, estão em situação de completo abandono. Quadras de esporte sem condições de uso, banheiros desativados e mato por todos os lados é a cena mais comum. Os moradores reclamam que não conseguem utilizar os espaços porque o poder público não faz a manutenção correta.
Já a prefeitura afirma que os vândalos destroem banheiros e demais estruturas, o que prejudica o uso pelos demais moradores. Entretanto, o município reconhece a necessidade de reforma completa nos parques e praças, mas alega falta de recursos para as obras.
De todos os parques e praças da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, só a Praça Antonio João, no Centro, e o Parque dos Ipês, em bairro de área nobre, estão em boas perfeitas condições. Já os espaços mais afastados da área central e localizados nos bairros estão abandonados.
Os parques Antenor Martins, no Jardim Flórida, e Arnulpho Fioravante, próximo ao terminal rodoviário da cidade, não têm mais a mesma utilidade que tinham anos atrás. As quadras de esporte estão sem condições de uso e os banheiros deteriorados.
“Até uns dois, três anos, a gente vinha aqui toda semana passear com a família e jogar futsal, mas agora não tem mais condições, o parque está abandonado. Os vândalos destroem tudo”, afirmou Antonio Joaquim Alves, 38, que mora no Jardim Flórida.
Até o Parque Ambiental do Rego D’Água Primo Fioravante Vicente, ativado há poucos anos e que ainda está em obras, sofre com o abandono e com vandalismo. Torneiras dos banheiros e vestiários foram furtadas ou quebradas, quase todas as lâmpadas da parte interna não existem mais e o mato cresce em volta da pista de caminhada, a maior da cidade, com 2 km de extensão.
Duas praças muito utilizadas pela população no passado também estão em situação de abandono – a Antonio Alves Duarte, em frente ao Hospital Evangélico, no centro, e a Praça Paraguaia, no Jardim Independência.
Na Praça Paraguaia, onde os moradores costumavam se reunir para tomar tereré no final do dia e para jogar malha, faltam banheiros e até o calçamento está deteriorado.
Já a tradicional Praça do Evangélico, onde boa parte da população assistia TV até a década de 80, está abandonada há anos. Até a Biblioteca Municipal Vicente de Carvalho foi fechada depois de anos funcionando precariamente e parte do acervo transferida para a biblioteca da Praça da Juventude, no Parque das Nações I Plano.
Mato sendo cortado – O secretário de Serviços Urbanos do município, Marcio Katayama, afirmou ao Campo Grande News que o mato cresceu muito por causa do período de muita chuva, mas disse que o serviço de roçada já está em andamento.
“Já fizemos o Parque Vitelo Pelegrin no Jardim Novo Horizonte e estamos concluindo no Antenor Martins. As máquinas já foram para o Parque Rego D’Água e depois faremos o Arnulpho Fioravante. A limpeza do mato não acaba nunca”, afirmou.
Ação de vândalos – Sobre a situação de banheiros e de falta de iluminação nos parques, Katayama disse que a prefeitura faz a manutenção constante, mas os vândalos destroem tudo novamente. “Eles quebram tudo, furtam lâmpadas, torneiras e até garrafas pet jogam nos vasos para entupir”.
O secretário disse que no ano passado a prefeitura reformou o Parque dos Ipês, inclusive os banheiros, que estavam sem condições de uso, mas admite que faltam recursos para obras mais completas nos demais parques. “Para isso precisamos de recursos externos”.
Ele informou que está prevista para até maio deste ano uma melhoria na Praça Paraguaia. A prefeitura também aguarda liberação de recursos do Ministério do Turismo para reforma da Praça Antonio Alves Duarte, solicitados pelo deputado federal Geraldo Resende (PMDB).