ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
MARÇO, DOMINGO  16    CAMPO GRANDE 22º

Interior

Antes de sequestro, homem bebeu cachaça na casa da vítima

A menina de 6 anos foi levada entre a noite de terça-feira e a manhã quarta-feira e só foi resgatada nesta manhã

Geisy Garnes e Helio de Freitas, de Dourados | 03/09/2020 15:31
Antes de sequestro, homem bebeu cachaça na casa da vítima
Identificado como Juliano dos Santos Cabral, foi encontrado na Colônia Estrella, na zona rural de Pedro Juan Caballero (Foto: Divulgação)

A mãe da menina de 6 anos, sequestrada em Ponta Porã – a 323 quilômetros de Campo Grande – na madrugada de quarta-feira (2), afirmou que horas antes do crime o autor estava “tomando cachaça” em frente à casa dela. A criança foi resgatada nesta manhã em área rural do Paraguai e está internada em Pedro Juan Caballero. O suspeito está preso.

Em vídeo gravado pelo vereador de Ponta Porã, Marcelino Nunes de Oliveira, a mãe da menina conta que percebeu o sumiço da filha assim que acordou e não encontrou ela na cama. Ela afirma ainda que procurou a menina pela casa e perguntou sobre ela para a mãe e para o outro filho, mas ninguém sabia da criança.

“O único que estava lá era um rapaz que estava tomando cachaça lá na frente”, narra. A mulher relata no vídeo ter visto o homem poucas vezes, mas que mesmo assim, ele foi até a casa da família e ficou por lá porque “não tinha com quem tomar, com quem conversar”.

A menina foi sequestrada entre a noite terça-feira e a manhã quarta-feira, em Ponta Porã. O caso, no entanto, só foi denunciado a polícia no fim do dia de ontem. Equipes da polícia da cidade passaram a madrugada em buscas pela região.

Nesta manhã, o sequestro, identificado como Juliano dos Santos Cabral e a criança, foram encontrados na Colônia Estrella, na zona rural de Pedro Juan Caballero, a 15 km da Linha Internacional entre as duas cidades. A menina foi levada para o Hospital Regional da cidade paraguaia e o autor foi preso pela polícia local.

Conforme apurado pela reportagem, a menina está bem, mas apresenta indícios de abuso sexual. A Polícia Civil de Ponta Porã e o Conselho Tutelar acompanham o caso e tentam trazer autor e vítima para o lado brasileiro com ajuda do Consulado.

Assim que receber alta, a criança deve ser levada para Ponta Porã. Já o preso depende de negociações entre as duas policiais, pois existe indícios de que ele praticou crimes do lado paraguaio da fronteira. Por isso, ainda não há previsão de transferência para a cidade sul-mato-grossense.

Segundo informações preliminares, Juliano é ex-presidiário e mora na mesma área de invasão onde a menina vive com a mãe, em um barraco ao lado da casa dos avós, no Jardim Ivone.

Nos siga no Google Notícias