Após ameaças contra policiais na internet, jovem é preso por desacato
O "aviso de retaliação” foi publicado após a morte de Wesley Ferreira Valente, o Chapolin, durante uma troca de tiros
Ameaças contra policiais militares nas redes sociais terminaram na prisão de um jovem de 22 anos em Coxim - a 260 quilômetros de Campo Grande - na tarde desta sexta-feira (27). A mensagem foi publicada pelo suspeito como um “aviso de retaliação” pela morte de Wesley Ferreira Valente, o Chapolin de 28 anos - ferido durante uma troca de tiros com a polícia.
Em sua página no Facebook, o suspeito, que não teve o nome divulgado, lamentou a morte de Chapolin e ameaçou os militares de Coxim. “Infelizmente mais uma cria do nosso partido, eu só lamento pra Coxim mecheu agora aguenta um membro pode matar mas 50 membro vai cobrar todo MS vai descer pra coxim”, escreveu.
A mensagem divulgada em grupo de WhatsApp e também em sites locais, chegou ao conhecimento dos militares nesta tarde. O autor das ameaças foi reconhecido e localizado pelas equipes em sua casa, na Avenida Wilson Barbosa Martins.
Segundo a Polícia Militar, os policiais questionaram o rapaz sobre a publicação, mas foram desacatados e xingados por ele, que ainda resistiu a prisão. Com o autor, foram encontradas porções de maconha.
Levada para a Delegacia de Polícia Civil, o suspeito afirmou que a droga era para consumo próprio.
Troca de tiros - Conforme o site Coxim Agora, policiais cumpria mandado de prisão em operação desencadeada no início desta sexta-feira, quando chegaram na residência de Wesley, no Bairro Piracema, e foram recebidos a tiros.
Os militares do Força Tática revidaram os disparos e durante o confronto o rapaz foi atingido pela equipe policial. Ele foi socorrido, mas não resistiu e morreu a caminho do Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva. Nenhum policial ficou ferido.
Wesley era de Dourados e tinha várias passagens pela polícia por tráfico de drogas, porte de arma, lesão corporal, ameaça contra agentes públicos, roubo, furto e associação criminosa. O rapaz, segundo a polícia, fazia parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
