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Interior

Assembleia Kaiowá e Guarani repudia prisão de grupo indígena em Dourados

Dez indígenas, incluindo ex-candidato a governador, foram levados pela polícia

Jéssica Benitez | 08/04/2023 15:47
Equipe da Polícia Militar no local onde os indígenas foram presos. (Foto: Adilson Domingos)
Equipe da Polícia Militar no local onde os indígenas foram presos. (Foto: Adilson Domingos)

Aty Guasu, Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani, emitiu nota de repúdio às prisões de 10 indígenas, entre eles o ex-candidato ao Governo do Estado pelo PCO, Magno Souza, na manhã deste sábado (8). O grupo ocupava um terreno em Dourados, cidade a 251 quilômetros de Campo Grande, na tentativa de impedir a construção de um condomínio de luxo.

Em carta divulgada nesta tarde a Aty Guasu classifica a “ação arbitrária, ilegal e Inconstitucional dos agentes da força do Estado”. Eles foram presos por equipes da Força Tática e do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Conforme apuração do Campo Grande News, de fato não havia mandado de reintegração de posse.

“Desta maneira, a Grande Assembleia do povo Guarani e Kaiowá - Aty Guasu - também vem, por meio desta, PEDIR SOCORRO às autoridades do Direito e da Defensoria Pública da União (DPU) e Defensoria Pública do Estado (DPE) de Mato Grosso do Sul”, diz a carta.

Caso – Na tarde desta sexta-feira (7) um funcionário da construtora responsável pela obra foi até o local, mas acabou sendo expulso pelos indígenas.

Ele então teria procurado a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário da cidade, onde registrou um boletim de ocorrência. Cerca de 20 indígenas estavam no local desde a tarde de quinta-feira (6).

Com os presos foram apreendidos rojões, armas artesanais, facas e um colete balístico. Eles foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados, onde devem ser ouvidos. A reportagem tentou contato com a polícia para saber se o grupo foi solto, mas não obteve sucesso. O boletim de ocorrência sobre o caso está em segredo de Justiça.

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