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Interior

Audiência é cancelada e “atropelamento” fatal com lancha só será julgado em 2025

Audiência foi cancelada porque a juíza Kelly Gaspar Duarte Neves foi convocada a comparecer em evento oficial

Por Viviane Oliveira | 14/10/2024 11:58
Nivaldo Thiago posando para foto em barco (Foto: Reprodução da redes sociais) 
Nivaldo Thiago posando para foto em barco (Foto: Reprodução da redes sociais)

Agendada para às 15h15 desta segunda-feira (14), no Fórum de Aquidauana, distante 141 quilômetros de Campo Grande, a audiência de instrução do ex-servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza, de 39 anos, por homicídio doloso e duas tentativas de homicídio, ocorrido há mais de 2 anos, ficou para o dia 28 de abril do ano que vem.

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A audiência de instrução do ex-servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza, acusado de homicídio doloso e tentativas de homicídio, foi adiada para 28 de abril do próximo ano. O caso envolve um acidente ocorrido em 1º de maio de 2022, quando Nivaldo, pilotando uma lancha embriagado e sem habilitação, colidiu com outra embarcação, resultando na morte de Carlos América Duarte e ferimentos em seu filho e um piloto. Após o acidente, Nivaldo fugiu, mas foi detido pela polícia. A juíza responsável decidirá se o caso irá a júri popular após a coleta de provas e depoimentos.

A audiência foi cancelada porque a juíza Kelly Gaspar Duarte Neves, responsável pelo caso, foi convocada para comparecer em evento oficial. Somente após reunir provas e depoimentos das testemunhas, a magistrada deverá decidir se vai levar Nivaldo Thiago a júri popular.

Conforme Denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 1º de maio de 2022, por volta das 12h30, no Rio Aquidauana, na região conhecida como Touro Morto, encontros dos rios Miranda e Aquidauana, Nivaldo Thiago matou Carlos América Duarte, de 59 anos, o Carlão, e tentou matar o filho dele, Caê Duarte, e Rosivaldo Barbosa de Lima.

Ainda conforme o MP, após consumir bebida alcoólica e sem possuir habilitação, Nivaldo Thiago pilotava a embarcação "Mamba Negra" em alta velocidade quando, ao fazer a curva do leito do rio, fez uma manobra indevida e colidiu contra a embarcação "Beira Rio II", que navegava em sentido contrário e era pilotada pelo profissional Rosivaldo.

Trecho da denúncia que consta no processo sobre o caso (Foto: reprodução) 
Trecho da denúncia que consta no processo sobre o caso (Foto: reprodução)

Após o acidente, o ex-servidor público fugiu do local sem prestar os primeiros socorros. Danificado, o barco atingido estava prestes a afundar, mas pai, filho e o piloto foram socorridos por amigos que chegaram ao local minutos após a colisão. Carlos morreu no local. Caê e Rosivaldo sofreram ferimentos e foram socorridos ao hospital da cidade.

Nivaldo desapareceu, mas após a PM (Polícia Militar) ser chamada e informar as outras forças policiais, foi parado em posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-262. O condutor da lancha se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas admitiu aos policiais ter tomado, na manhã de sábado, quatro garrafas de cerveja de 205 ml, conforme registrado em boletim de ocorrência.

Na ocasião, testemunhas disseram o contrário, que logo após a colisão, o homem descartou embalagens de bebidas alcoólicas no rio. Genro da deputada Mara Caseiro (PSDB), Nivaldo Thiago, à época, era servidor público estadual comissionado. Ele estava na lancha com a mulher, Maiara Caseiro, e três crianças.

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