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Interior

Bebê é socorrido desnutrido e com queimaduras

Pais da criança não sabem explicar lesões e foram presos no dia 5 de dezembro

Por Dayene Paz | 12/12/2024 08:32
Vista aérea da cidade de Paranaíba, onde o caso foi registrado. (Foto: Divulgação)
Vista aérea da cidade de Paranaíba, onde o caso foi registrado. (Foto: Divulgação)

Bebê de dois meses foi socorrido com sinais de desnutrição, desidratação e com várias cicatrizes pelo corpo que podem ser provenientes de queimaduras de cigarro. O caso é investigado pela Polícia Civil de Paranaíba, município sul-mato-grossense que fica a 408 quilômetros da Capital. Os pais da criança foram presos no dia 5 de dezembro, mas o caso veio à tona na quarta-feira (11).

A delegada que está à frente da investigação, Eva Maira Cogo, explicou ao Campo Grande News como a polícia tomou conhecimento do caso. "Por conta do Bolsa Família, eles têm que manter a pesagem e vacinas em dia para não perder o benefício. Então, o agente de saúde ligou para essa mãe e quando levou ao posto de saúde, constataram as lesões", afirmou.

Foi quando o pediatra analisou a criança e pediu a internação imediata na Santa Casa de Paranaíba. "Havia sinais de agressão, marcas roxas, cicatrizes pelo corpo em diversas regiões, estava desidratada e desnutrida", destaca a delegada. Além disso, testemunhas afirmam que essa criança já tinha sinais de agressão antes de completar um mês de vida. "Viram inchaço na cabeça e perto da orelha", pontua.

Os pais não souberam explicar as lesões, afirmando que surgiram "do nada" ou que são "coisas de pele". A polícia não tem dúvidas de que os hematomas foram causados quando o bebê estava com pai e mãe. "Essa criança ficava exclusivamente sob os cuidados dos dois. Eles não deixavam familiares chegarem perto e não têm vizinhos próximos porque é um lugar com poucas casas no quarteirão", diz Eva Maira.

Em outra oportunidade, após a prisão, a mãe diz que o pai levava por algumas vezes a criança para o quarto e então ouvia choro. "Muda a versão. Fala que o pai pegava, levava para o quarto e essa criança chorava bastante, mas ela nunca teria visto ele agredindo. Fala que nessas vezes a criança teria aparecido com lesões depois de ficar exclusivamente sob os cuidados dele".

O caso foi registrado na delegacia, está sob os cuidados da delegada Eva Maira Cogo e os pais continuam presos.

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