Bloqueio na fronteira com a Bolívia segura 400 caminhões em protesto
Municípios querem estudo demográfico para que governo aumente repasses financeiros
A fronteira do Brasil com a Bolívia está bloqueada desde a madrugada de hoje (25) por manifestantes bolivianos. Eles exigem que o governo do País realize o Censo, estudo estatístico para atualizar informações, como o número de habitantes. Esses dados são importantes para aumentar os repasses de recursos financeiros aos municípios, que estão defasados.
O protesto deve durar 24 horas e terminar à meia-noite, conforme anunciado pelos manifestantes à população, conforme o presidente do Setlog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística), Lourival Vieira Costa Júnior.
Com o bloqueio, 400 caminhões que escoam produção deixarão de passar pela fronteira durante todo o dia, atrasando as viagens. Por ali passam caminhões com produtos de diversos tipos, em ambos os sentidos. "Desde agulha a turbina eólica", resume Lourival.
“O comitê cívico de Santa Cruz de La Sierra desencadeou a ordem de comando para outros comitês e aí bloquearam a fronteira. Ocorre que, por exemplo, Santa Cruz declara ter ‘x’ habitantes, mas tem três vezes mais e o governo atrasando o Censo, acaba atrasando o repasse aos municípios. Está tudo fechado. Ninguém entra, ninguém sai.
A cidade de Santa Cruz de La Sierra é o centro comercial da Bolívia e a Capital do Estado de Santa Cruz.
Autoridades do País informaram à imprensa boliviana que não é possível realizar o Censo neste ano e a previsão seria 2024. Hoje (25), representante do governo da Bolívia, o deputado pelo partido Comunidad Ciudadana, Alejandro Reyes, disse ao jornal El Diário, que a prorrogação do Censo não deve passar de 2023.
