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Interior

Brasileiro morto por terroristas paraguaios foi alvejado por 11 tiros

Família diz que adolescente paraguaio está desaparecido após ataque, mas Ministério Público não confirma sequestro

Helio de Freitas, de Dourados | 20/11/2018 16:17
Local onde brasileiro foi sequestrado e depois assassinado (Foto: Última Hora)
Local onde brasileiro foi sequestrado e depois assassinado (Foto: Última Hora)

O brasileiro Valdir do Campo, 54, assassinado por terroristas do grupo paramilitar EPP (Exército do Povo Paraguaio), foi alvejado por 11 tiros e teve o corpo deixado no campo da estância El Ciervo, região de selva entre os departamentos (equivalentes a estado) de San Pedro e Amambay.

Valdir era comerciante de madeira e trabalhava no corte de árvores com pelo menos outros quatro paraguaios quando sete homens armados usando roupas camufladas com a sigla EPP bordada nas mangas.

O promotor Federico Delfino disse a jornalistas paraguaios que o brasileiro deve ter sido assassinado entre 22h e 22h30 de ontem (19), sete horas após o sequestro. O corpo foi encontrado por volta de meia-noite perto do retiro Três Marias, na mesma fazenda, e removido só na manhã de hoje.

No acampamento, os terroristas queimaram um carro e outros produtos. Eles deixaram no local um panfleto com ameaças a quem planta soja e milho transgênico.

Familiares de um adolescente paraguaio que trabalhava com Valdir do Campo afirmam que o rapaz fugiu do local após o ataque e ainda não foi localizado. O promotor não confirmou se o adolescente pode ter sido levado pelos terroristas.

O Ministério Público investiga se os guerrilheiros já vinham ameaçando o brasileiro, já que os demais homens do acampamento foram deixados vivos. Segundo Delfino, antes de matar Valdir, o grupo de terroristas obrigou os trabalhadores a prepararem o jantar.

Equipes da Força de Tarefa Conjunta, grupo formado por policiais e homens das Forças Armadas, continuam nos arredores do distrito de Santa Rosa del Aguaray, à procura de pista dos terroristas. O EPP já faz vários ataques armados a policiais e à própria FTC.

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