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Câmara abre sessão com tumulto e suplente empossado por ordem judicial

Mauricio Lemes Soares acaba de ser empossado na vaga de Idenor Machado e participa da eleição, adiada duas vezes por falta de quórum; faltosos na sexta e sábado estão presentes

Helio de Freitas, de Dourados | 09/12/2018 14:40
Sob protestos, Mauricio Lemes Soares faz juramento ao ser empossado na Câmara de Dourados, nesta tarde (Foto: Antonio Carlos Ruiz/Diário MS)
Sob protestos, Mauricio Lemes Soares faz juramento ao ser empossado na Câmara de Dourados, nesta tarde (Foto: Antonio Carlos Ruiz/Diário MS)

Três dias após fazer plantão na sala da presidência esperando ser convocado para tomar posse, o suplente Mauricio Lemes Soares (PSB) foi empossado há pouco na Câmara de Vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Ele assume a cadeira de Idenor Machado (PSDB), preso há quatro dias por corrupção e que pediu afastamento de 32 dias.

A posse dele foi determinada através de liminar pelo juiz Zaloar Martins de Souza e oficializada na abertura da sessão extraordinária que acontece neste domingo, para eleição da Mesa Diretora.

Manifestantes presentes na sessão vaiaram a posse de Mauricio Lemes e continuam protestando contra o grupo aliado aos vereadores presos.

Essa é a terceira tentativa de fazer a eleição. As sessões de sexta e de ontem foram encerradas por falta de quórum, já que apenas oito vereadores estavam presentes. Seriam necessários no mínimo dez.

Na sessão de hoje, todos os vereadores estão presentes, inclusive os oito integrantes da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR), que boicotaram as duas primeiras sessões em protesto à presidente da Casa, Daniela Hall (PSD).

Com a posse de Mauricio Lemes, também aliado da prefeita, o grupo vai tentar em plenário a substituição em uma das duas chapas inscritas os vereadores Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB), que também estão presos.

Ontem, seguindo parece da assessoria jurídica, Daniela Hall negou a substituição de Pedro Pepa por Alberto Alves dos Santos (PDT) e Cirilo por Janio Miguel (PR).

Neste momento a Câmara discute em plenário o documento solicitando a substituição dos nomes, que deve ser votada em plenário. Como o grupo de Délia Razuk tem maioria, deve aprovar a troca dos nomes e retirar da chapa os dois vereadores que estão presos.

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