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Interior

Caminhoneiros se organizam no WhatsApp e marmita será paga por apoiadores

Grupo chegou a BR-262 às 22 horas de domingo, logo após a vitória de Lula nas urnas

Aline dos Santos e Izabela Cavalcanti | 31/10/2022 10:50
Pneus incendiados fecham a BR-262, em Terenos, na manhã desta segunda-feira. (Foto: Marcos Maluf)
Pneus incendiados fecham a BR-262, em Terenos, na manhã desta segunda-feira. (Foto: Marcos Maluf)

Bloqueio na BR-262, no quilômetro 383, em Terenos, tem caminhoneiros que organizam as ações em grupo do WhatsApp, enquanto a marmita para o almoço será financiada por empresários. As informações foram repassadas à reportagem por manifestantes que não quiseram se identificar.

O grupo conta que chegou à rodovia às 22 horas de domingo (dia 30), logo após o resultado do segundo turno das Eleições 2022, com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente.

Apoiadores do candidato derrotado, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), os caminhoneiros questionam o resultado e, sem provas, falam em fraude. O grupo tem 30 caminhoneiros e a fila de veículos chega a seis quilômetros na 262. Pneus são incendiados no meio do asfalto. A chuva forte apagou as chamas, mas os caminhoneiros atearam fogo após o fim do temporal.

A organização é feita por meio do grupo “BR-163 Parada”. No bloqueio da BR-262, que é uma rodovia federal, são liberados veículos de passeio, vans com passageiros e ambulâncias. Os caminhões são retidos, sendo a única exceção um caminhão do Exército, que teve passagem liberada.

De acordo com O Pantaneiro, manifestantes  também fecharam a rodovia 262 em Anastácio. Pneus foram incendiados para bloquear a via.

Durante a manhã, fila de caminhões chegava a seis quilômetros na BR-262. (Foto: Marcos Maluf)
Durante a manhã, fila de caminhões chegava a seis quilômetros na BR-262. (Foto: Marcos Maluf)

A BR-163, que liga Mundo Novo a Sonora, é a via com mais interdições em Mato Grosso do Sul, num total de sete bloqueios, espalhados por Campo Grande (km 489, km 490 e km 466), Bandeirantes (km 550), São Gabriel do Oeste (km 614), Rio Verde de Mato Grosso (km 679,9) e Coxim (km 767).

A reportagem questionou a CCR MS Via, concessionária que administra a rodovia 163, se a Justiça será acionada para liberar o fluxo. Mas a assessoria de imprensa informou que ainda não tem informação sobre medidas judiciais.


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