"Cezinha" ganha prova de amor no "boizinho", mas pichação vira caso de polícia
Pichação desagradou moradores e até ex-prefeito, mas a pergunta que não quer calar é: quem é o "Cezinha"?
A escultura que é marca registrada da cidade de Ribas do Rio Pardo, a 98 quilômetros de Campo Grande foi vandalizada nesta semana. O "Boizinho do Trevo", como é conhecido na cidade foi pichado com spray de tinta verde. "Cezinha te amo", diz frase que foi escrita ao lado de um desenho fálico. A brincadeira de mau gosto desagradou os moradores e virou até caso de polícia, que agora espera conseguir identificar o engraçadinho.
“A lei só permite a prática do grafite em bens públicos, desde que com finalidade cultural e autorização do órgão público. Mas neste caso, é um crime contra o meio ambiente urbano, e se identificado, o indivíduo responderá criminalmente, além ser obrigado a ressarcir os cofres públicos”, disse o delegado titular da Polícia Civil de Ribas, Bruno Santacatharina ao portal Rio Pardo News.
Conforme Santacatharina, a pichação do "boizinho" se enquadra como crime de ação penal pública incondicionada, cuja investigação não depende da manifestação de qualquer pessoa. “A partir de agora a Polícia Civil tomará todas as providências para responsabilizar o pichador”, diz.
Imagens da pichação começaram a ser compartilhadas pelo WhatsApp nesta sexta-feira (17), mas moradores relataram ao site local que o "boizinho" já estava vandalizado desde segunda-feira (13).
A escultura do "boizinho" foi inaugurada em meados de 2001 e já havia passado por algumas restaurações em função da ação do tempo, porém, nunca havia sido alvo vandalizada. Quem também não gostou nenhum pouco da "prova de amor" para o "Cezinha" foi o ex-prefeito da cidade, Joaquim dos Santos, que foi quem mandou construir o monumento.
"(A escultura) não é lugar de curtir paixão recolhida, estou entristecido", comentou Santos. Ele explica que o "boizinho" foi construído para lembrar um marco histórico da cidade. "Naquele ano o município foi ao topo de maior rebanho de bovinos no Brasil, no início dos anos 2000. Deixamos registrado esta lembrança”, lembrou.