Chefe do Comando Vermelho foi preso no Mato Grosso, a 1.500 km da fronteira
Jorge Teófilo Samudio González, o “Samura”, que operava em Pedro Juan, foi preso pela PF
Preso hoje (29) depois de 18 meses foragido, o narcotraficante Jorge Teófilo Samudio González, o “Samura”, 49, apontado como um dos principais líderes da facção carioca Comando Vermelho na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, foi localizado pela Polícia Federal no Estado de Mato Grosso, em local ainda mantido em sigilo.
Ao Campo Grande News, o assessor da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) Francisco Ayala informou que o traficante paraguaio estava a 1.500 quilômetros da fronteira, mas, a pedido da PF brasileira, não pode revelar o local exato da prisão, por medida de segurança.
Natural de Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (a 400 km de Campo Grande), “Samura” atuava na região de Bella Vista Norte, de onde comandava o envio de cocaína trazida da Bolívia para o Brasil e para a Europa.
Ele é considerado peça-chave da facção carioca na fronteira por deter o controle das rotas da droga boliviana trazida de avião das áreas produtoras até a fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, onde a cocaína é escondida em veículos e chega ao Brasil por via terrestre.
Jorge Teófilo Samudio tinha sido preso em outubro de 2018 na região de Bella Vista Norte, cidade vizinha de Bela Vista (MS). Em 11 de setembro de 2019, ele foi resgatado por comparsas da facção brasileira em ataque que deixou um policial morto e três feridos.
O resgate ocorreu no momento em que o traficante era levado de volta para o presídio depois de prestar depoimento a sede da Justiça, em Asunción, a capital paraguaia. Autoridades daquele país foram presas por suposta facilitação da fuga.
Na semana passada, Fredy González, um dos pistoleiros que participaram do resgate e apontado como autor dos tiros que mataram o policial, foi preso em um bar em Luque, na região metropolitana da capital.
A imprensa paraguaia acredita que informações reveladas por Fredy González ajudaram na localização de Samura, preso em ação conjunta da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e da PF brasileira. No Paraguai, ele é acusado de narcotráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.