Com alto poder financeiro, quadrilha alvo da PF tinha oficina, lava jato e frota
Apesar de ostentar riqueza, os integrantes do grupo não tinham emprego ou atividade lícita
Alvo da operação Bandeirante, a quadrilha acusada de atuar no tráfico de cocaína tinha alto poder financeiro, com patrimônio que inclui oficinas mecânicas, estacionamento, lava jato, diversas residências, veículos de passeio, caminhonetes e caminhões.
De acordo com a PF (Polícia Federal), apesar de ostentar riqueza, os integrantes não tinham emprego ou atividade lícita que justificasse o padrão de vida. Uma das oficinas não apresentava atividade contínua ou funcionários regulares, auxiliando na confecção de esconderijos e compartimentos em veículos que transportariam as drogas.
A investigação aponta ainda que eram recrutados familiares e até um menor de idade no esquema. Resistente, a organização criminosa prosseguia com o tráfico mesmo após prisões e apreensões milionárias de carga de cocaína. Como numa empresa, as tarefas eram subdivididas, com recrutamento de membros e recursos para enviar novos carregamentos.
Os alvos da operação tratavam desde as negociações com fornecedores bolivianos de cocaína, logística de pagamentos e internalização da droga no território brasileiro, até o armazenamento, ocultação em compartimentos de veículos e transporte, especialmente para São Paulo. O transporte era por vias vicinais.
Com 90 policiais, a operação cumpre 19 mandados de prisão preventiva, 16 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de condução coercitiva. As ações são em cidades de Mato Grosso do Sul e São Paulo: Corumbá, Três Lagoas, Campo Grande, Suzano e São Paulo (capital). A operação prevê sequestro e apreensão de bens da organização criminosa.
O nome bandeirante faz referência a um dos veículos utilitários usados pela organização criminosa para cruzar o Pantanal, na tentativa de driblar a fiscalização. Neste modelo de veículo estava a primeira carga apreendida.